(Actualizada)
Com 3 por cento dos computadores infectados por redes bot, Portugal ocupa o sétimo lugar do ranking de países da Europa, Médio Oriente e África, uma tabela liderada pelo Reino Unido (22 por cento), França (18 por cento), Alemanha (12 por cento) e Espanha (9 por cento). A grande presença de computadores de utilizadores portugueses nestas redes bot é particularmente perigosa já que os sistemas ficam sujeitos a comandos externos que podem servir para diversos ataques, como recolha de informação pessoal e financeira ou envio de spam.



A liderança dos quatro países em termos de tabela dos mais infectados por spam é justificada pela Symantec como uma consequência do aumento do número de computadores ligados à Internet por banda larga ao longo do primeiro semestre deste ano.


O relatório de Ameaças à Segurança na Internet da Symantec refere que Lisboa está entre as cidades da EMEA com o maior número de computadores inseridos em redes bot, com cerca de 2,47 por cento das máquinas lisboetas infectadas. As infecções são dificilmente detectadas já que muitas vezes os hackers tiram partido de vulnerabilidades nos browsers para instalar um software que permite o controle do PC, uma ameaça que não é facilmente detectada pelos antivírus.



A capital portuguesa é apenas superada por Madrid, Paris e Londres, onde 4,78, 3,55 e 2,66 por cento das máquinas estão infectadas por ataques bot, respectivamente.


A Symantec concluiu que, em Espanha, os ataques se concentraram na capital, ao invés dos outros países, onde foram infectados computadores por todo o território.


Os número apresentados no relatório da empresa de segurança apresentam Israel como o país com o menor número de ameaças bot e Roma e Milão como as cidades onde existem menos computadores atacados.


A Symatec refere ainda que entre Janeiro e Junho de 2006 o Internet Explorer foi o browser mais explorado, contabilizando 47 por cento do total de ataques registados e que, durante o mesmo período, foram observados uma média de 6,11 ataques diários de denial-of-service (DOS), 54 por cento dos quais a máquinas norte-americanas.


Os Estados Unidos têm a maior percentagem de servidores integrados por redes bot (42 por cento) e estão no topo dos países de origem dos ataques, representando 37 por cento do total, diz o relatório de segurança.



Internet Explorer com maior tempo de exposição a falhas
No período em análise foram detectadas perto de 2,25 mil novas vulnerabilidades, mais 18 por cento do que no semestre anterior e o maior número registado pela Symantec num período de seis meses. As falhas em aplicações Web representam 69 por cento de todas as vulnerabilidades registadas ao longo deste período.


A tendência demonstraram que o tempo de exposição para as falhas empresariais foi de 28 dias e que, nos primeiros seis meses do ano, o tempo de desenvolvimento de um patch para o Sun Solaris foi de 89 dias, para o HP-UX da Hewlett-Packard foi de 53 dias, seguido da Apple com 37 dias e da Microsoft e Red Hat com 13 dias.


Por outro lado, o Internet Explorer teve uma média de tempo de exposição de nove dias, seguido pelo Safari da Apple com cinco dias e do Mozilla com uma média de um dia.


Os worms representaram mais de 38 por cento dos códigos maliciosos e 75 por cento do volume de ameaças reportados, com a Symatec a detectar perto de 6,785 novos vírus e worms Win 32.


A Symantec Probe Network contabilizou cerca de 157,48 mensagens de phishing únicas, mais 81 por cento do que nos seis meses anteriores. O sector financeiro foi o mais atacado por estas ameaças com diversas entidades bancárias a sofrerem vários ataques.


O envio de mensagens de correio electrónico não solicitado representou 58 por cento de todos os emails monitorizados, o dobro do que foi registado no último semestre de 2005. A maioria do spam tinha origem nos Estados Unidos (58 por cento) e estava, predominantemente, relacionado com serviços e produtos de saúde.


A Symantec afirma na sua nota à imprensa que "a combinação da interoperabilidade de aplicações Web 2.0 e a utilização de AJAX irá gerar um aumento de ataques potenciais incluindo um aumento nos ataques através de sites e de ataques de injecção de conteúdos".


No mesmo documento é referido o lançamento do Windows Vista e na possível "emergência de novos ataques" ao novo sistema operativo da Microsoft.


Como prevenção, a Symantec aconselha os utilizadores a contrariarem as tendências, protegendo as suas máquinas com sistemas de segurança eficazes, mantendo-os actualizados e activos durante todo o ano de modo a evitar que os números reportados continuem a aumentar dada a cada vez maior proliferação de métodos de desenvolvimento e de difusão de ataques registados.

Nota da Redacção: [15:51] A notícia foi actualizada com mais informação sobre as redes bot e a forma como actuam.

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