Dois investigadores da universidade de Michigan, nos EUA, conseguiram desenvolveram um sensor de infravermelhos de grafeno, que transforma as informações captadas em sinais elétricos e que podem ser transformados em elementos visuais. Entre várias aplicações, pode ser aplicado a lentes de contacto para que os humanos possam ver no escuro, mesmo em condições de luminosidade quase nulas.



O sensor desenvolvido funciona de forma semelhante aos sensores das máquinas fotográficas. No caso das máquinas, o sensor converte a luz captada em sinais elétricos que depois são processados para criar a imagem. No caso das lentes de contacto a “imagem” criada seria a de cenários noturnos em modo infravermelho.



Graças às propriedades do grafeno é possível criar um sensor que se aplicaria como uma camada numa lente de contacto, sem prejudicar o volume da lente. Os pormenores da investigação podem ser consultados na publicação da Nature.



Zhaohui Zhong, um dos elementos responsáveis pelo projeto, considera que a tecnologia também podia ser aplicada a outros wearable para aumentar as potencialidades da visão humana. Apesar de não o ter dito esplicitamente, um dos casos onde tal poderia acontecer seria nos Google Glass.



Sensores de fotografia de smartphones e vidros de automóveis seriam outros casos em que a película “noturna” podia ser aplicada, como salienta a Wired.



Os investigadores dizem no entanto que vão precisar de mais apoio para que a tecnologia possa ser desenvolvida em mais segmentos. Por agora os principais desafios são aumentar a sensibilidade dos componentes e conseguir fazer com que resistam a vários níveis de temperatura.



Já em 2014 também a Google apresentou um projeto ambicioso no campo das lentes de contactos. As lentes inteligentes da gigante norte-americana teriam como principal objetivo ajudar os diabéticos a controlarem com um rigor muito maior os níveis de glicose do sangue.


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