A alteração das páginas iniciais de sites de organismos governamentais, empresas e até páginas pessoais está na base de ataques de defacers que têm visado sítios web portugueses. No último mês e meio foram verificados mais de 100 ataques, protagonizados por 31 hackers nacionais e internacionais, escreve o Correio da Manhã.

Entre os sites visados contam-se o do Alto Comissariado para a Imigração e Diálogo Intercultural (ACIDI), cujo site foi alvo de um ataque a 8 de Maio, levado a cabo pelo ‘defacer’ DR-PLUS. A página da Educação e Formação de Adultos, da Direcção Regional de Educação do Norte, do Ministério da Educação, também tinha sido atacada no dia anterior.

Este tipo de ataques não provoca danos graves à estrutura do website, mas denota falhas de segurança. Muitas vezes os hackers limitam-se a mudar a informação presente na primeira página, exibindo mensagens ou simplesmente alertas para as falhas encontradas nos sistemas.

O mesmo jornal refere ainda como alvo destes ataques, o site do Sistema Científico e Tecnológico Regional do Governo dos Açores, uma secção da página do Ministério da Administração Interna, o Gabinete de Relações Internacionais do Ministério do Ambiente, e a Administração Central do Sistema de Saúde, do Ministério da Saúde.

O Correio da Manhã adianta que alguns dos responsáveis destes sites não tinham conhecimento dos ataques e foram alertados pelo contacto do jornal.

Já em Fevereiro do ano passado um grupo de hackers islâmicos fez centenas de ataques de ataques de desfiguração a mais de 100 páginas associadas à Direcção Regional de Educação do Alentejo. O objectivo foi na altura criticar um deputado de extrema direita holandês e a questão das caricaturas de Maomé.