
A OpenAI anunciou esta segunda-feira que avançou com uma nova ronda de financiamento que lhe vai render 40 mil milhões de dólares e aumentar a valorização da dona do ChatGPT para 300 mil milhões de dólares. Os novos fundos vão servir para aprofundar a pesquisa na área da inteligência artificial e as ferramentas que a empresa já usa, bem como para expandir a infraestrutura de computação que o treino dos seus modelos de IA exige.
A operação, que vai ser liderada pelo Softbank, que num comunicado próprio informou que concordou em investir 10 mil milhões de dólares na empresa liderada por Sam Altman em abril e mais 30 mil milhões em dezembro, num acordo vinculado ao processo de transição da OpenAI de entidade sem fins lucrativos para empresa comercial.
O processo deve estar concluído até final do ano, se falhar o investimento do Softbank será reduzido em 10 mil milhões de dólares, para um total de 20 mil milhões.
Ainda segundo a mesma nota, 10 mil milhões de dólares do valor total a investir pelo Softbank vão ser postos à disposição de outros interessados, não revelados, adianta a Reuters.
Recorde-se que ainda em outubro do ano passado, a OpenAI fechou uma ronda de investimento de 6,6 mil milhões de dólares. Esta nova ronda quase que duplica o valor de avaliação da companhia.
Próximo LLM com capacidades de raciocínio volta a ser aberto
Entretanto, Sam Altman disse esta segunda-feira que a OpenAI deve disponibilizar nos próximos meses um novo modelo de linguagem com capacidades de raciocínio em modelo aberto. Será o primeiro desde o lançamento do GPT-2, já que nessa altura a companhia mudou de estratégia e deixou de o fazer.
Disponibilizar um LLM em modelo aberto neste caso significa partilhar informação sobre quantos parâmetros foram usados para treinar o modelo e como, e não tanto dar acesso a todo o código-fonte do modelo de linguagem. Ainda assim, é informação relevante para análise do LLM e afinações que permitam aos programadores adaptarem-no a tarefas concretas, sem precisarem de ter acesso aos dados originais de treino.
Esta é uma estratégia que a OpenAI tinha deixado de seguir, passando para uma política mais restritiva no acesso à sua tecnologia e mais condicionada ao pagamento de subscrições que dão acesso a ferramentas de customização.
A concorrência está a fazer o mesmo e pode ser isso que influenciou uma alteração na estratégia da dona do ChatGPT, que tem visto a concorrência de empresas chinesas como a DeepSeek e mesmo americanas como a Meta, com os seus modelos Llama, a ganharem terreno com estas políticas abertas.
Numa publicação na rede social X, Sam Altman já disse que o novo modelo vai ter capacidades de raciocínio semelhantes ao modelo o3-mini. “Estamos entusiasmados com a perspetiva de lançamento de um novo e poderoso modelo de linguagem, aberto e com capacidade de raciocínio, já nos próximos meses”.
O CEO também acrescentou que, antes disso, a OpenAI quer falar com os programadores para saber como pode tornar este modelo o mais útil possível. Este trabalho, aliás, já começou. A empresa já está a fazer consultas no site e vai organizar um conjunto de eventos para recolher esse feedback.
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