A Comissão Europeia está a investigar editoras de vários países por suspeita de formação de um cartel com vista à concertação de preços na comercialização de livros electrónicos.

O processo veio a público com o início de inspecções às instalações de algumas editoras que operam no mercado dos ebooks em vários Estados-Membros e foi confirmado pelo próprio Executivo europeu.

Nas visitas-surpresa realizadas (um procedimento normal neste tipo de processos), a Comissão Europeia diz ter sido acompanhada por elementos dos reguladores nacionais da concorrência, sem contudo revelar quais os países, nem as editoras visadas.

"Não nomeamos as editoras, nem os países porque ainda estamos no início da investigação. Não acusamos ninguém, nem temos provas", referiu por sua vez Amélia Torres, porta-voz do comissário europeu da Concorrência, Joaquín Almunia, citada pela AFP. Segundo a agência a Albin Michel, a Hachette, a Flammarion e a Gallimard foram algumas das editoras visadas - neste caso na França.

"Queremos saber se as nossas suspeitas são confirmadas. Perante o que encontrarmos, depois decidimos os passos a dar", acrescentou Amelia Torres.

Por sua vez, Bruxelas refere que não há prazo definido para concluir as investigações
antitrust agora iniciadas. "A duração deste tipo de processos depende de uma série de factores, incluindo a complexidade de cada caso, e a medida em que as empresas em causa cooperam com a Comissão".