A produção de transístores de papel pela equipa do Centro de Investigação de Materiais (Cenimat), não só marcou o panorama científico português e mundial na semana passada como já valeu a Elvira Fortunato, a cientista responsável, a distinção com o primeiro prémio na área da Engenharia do European Research Council(ERC).



O projecto Invisible, galardoado com a nota máxima de classificação (8) e um prémio de 2,5 milhões de euros, propõe-se a fazer transístores e circuitos integrados transparentes usando óxidos semicondutores, no caso dos transístores que utilizam a camada de papel como isolante - ao invés do silício - o óxido de zinco.



O prémio é entregue a título pessoal e traduz-se num financiamento para os próximos cinco anos mas Elvira Fortunato deverá aplicar o dinheiro ao serviço do Cenimat e da produção de electrónica transparente.



Para isso, o valor do prémio será aplicado na aquisição de um microscópio electrónico para observações à nanoescala e fabrico de nanotransístores, e em despesas de pessoal, nomeadamente na contratação de mais um doutorado e um técnico, e o pagamento de metade do salário de Elvira Fortunato durante cinco anos.



Com esta descoberta, Elvira Fortunato está agora na boca das comunidades científicas internacionais com a sua colocação no top 5 mundial dos investigadores em electrónica transparente. O impacto da sua descoberta despoletou o interesse de diversas entidades que já manifestaram interesse em contar com a cientista portuguesa em palestras internacionais.



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