O número de mulheres que escolhem as áreas da tecnologia para uma licenciatura fica assim significativamente abaixo do número de homens que fazem esta opção: 95 por cada mil e no mundo do trabalho a relação é ainda pior. Apenas quatro em cada mil mulheres com formação na área das Tecnologias da Informação e Comunicação acaba efetivamente por trabalhar no sector.
O número de mulheres que abandonam uma carreira nas TIC também é elevado, o que contribuirá para o reduzido número de mulheres em cargos de chefia neste sector. Só 19,2% dos trabalhadores nesta área têm uma mulher como chefe, uma média que sobe para os 45,2% no resto dos sectores.
Para alterar os números a CE propõe um conjunto de medidas, que passam pela renovação da imagem do sector junto do sexo feminino; melhoria das condições de trabalho e facilitação do acesso a capital para apoiar o lançamento de novos projetos.
Nas contas realizadas pelos autores da pesquisa conclui-se que se "as mulheres ocuparem postos de trabalho digitais em paridade com os homens, o PIB europeu poderá aumentar anualmente cerca de 9000 M€".
A justificar estas conclusões indica-se que as organizações com mais mulheres na hierarquia garantem maior rendibilidade de capital próprio 35% acima do conseguido em organizações equivalentes, mas onde a liderança é dominada por homens. Acontece o mesmo em relação à rendibilidade para os acionistas, que tende a ser mais elevada (34 % superior).
A CE também sublinha que as mulheres empregadas no sector das TIC têm salários 9% acima da média - comparativamente a outros sectores -, para além de estarem integradas num sector em crescimento, que em 2015 será responsável por 900 mil postos de trabalho.
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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