A agricultura também está a evoluir tecnologicamente e há empresas dedicadas a criar ferramentas e dispositivos para ajudar os agricultores. É o caso da Pyka, uma empresa dedicada à criação de aviões elétricos autónomos, com diferentes utilidades no futuro. O seu mais recente projeto é dedicado à pulverização dos campos de cultivo através de um drone autónomo, que a empresa refere ser mais seguro que os métodos tradicionais.

O objetivo é retirar a mão-de-obra humana do sistema, uma profissão considerada de risco porque pulverizar inseticida nos campos agrícolas obriga a voos rasos, muito próximos do solo e outros obstáculos, para que a concentração dos produtos seja eficaz. A Pyka afirma que como este trabalho requer abordagens muito precisas, mas dentro de um padrão repetitivo, vez sem conta, é possível criar um sistema automatizado.

O seu dispositivo é diferente dos drones convencionais, que utilizam múltiplos rotores, tornando-os fáceis de manobrar, assim como aterrar e levantar voo. Mas estes drones não têm capacidade de armazenamento dos pesticidas utilizados, ou peso para os transportar. E por isso, a abordagem para a construção deste drone foi mais tradicional. A empresa criou uma espécie de réplica de uma avioneta, mas sem lugar para o piloto no cockpit, tornando o seu espaço interior totalmente útil para o transporte dos químicos e baterias, com uma capacidade de cerca de 204 quilos. É alimentado por três rotores elétricos de 20 kW.

Uma das vantagens do aparelho é que apenas necessita de 45 metros de terreno direito para as manobras de levantar voo e aterrar. A empresa estima que o drone consegue polvilhar cerca de 135 acres por hora, o equivalente a um helicóptero, mas sem o mesmo risco para o piloto, já que consegue voar mais perto do solo.

A Pyka alega ainda ser a única empresa do mundo com aprovação comercial para os seus drones, mas ainda requer todas as autorizações inerentes para aprovar a sua utilização. Mas em termos práticos, os testes realizados em diversas fazendas de cultivo foram muito positivos.

tek pyka
tek pyka Os drones conseguem voar mais rentes aos solos de cultivo, sendo mais seguros.

Nos quadros da Pyka constam nomes ligados a empresas que trabalham com veículos autónomos, como a Cora, Kittyhawk de Larry Page, Google X, Waymo, entre outras. E numa ronda de seed, a Pyka amealhou já 11 milhões de dólares de investimento, com a participação de empresas como a Greycroft, Data Collective e Bold Capital Partners.