Um estudo da Symantec mostra que três quintos das empresas já permitem o acesso dos funcionários às aplicações de negócio a partir de dispositivos móveis. Os dados também referem que 30% das organizações têm ou estão a criar a sua própria loja de aplicações corporativa - outras 36% admitem que estão a discutir o assunto - e que a aposta na mobilidade é feita com expetativas elevadas. Melhorar eficiência, reduzir o tempo necessário para cumprir tarefas ou agilizar equipas estão entre as razões mais indicadas pelas empresas para adotar soluções de mobilidade.



No entanto, fica também claro que as organizações olham para a mobilidade como um desafio. Metade das inquiridas considera que a mobilidade é extremamente desafiante para a organização, 41% também acredita que o tema está entre os três principais riscos de segurança que as organizações enfrentam ao nível das TI.



Esta perceção acaba por se refletir na alocação de recursos TI para os projetos nesta área, ou para gerir a integração de dispositivos móveis na rede da empresa. Um terço dos recursos de TI está alocado a tarefas nesta área, sendo que as principais prioridades são a segurança, os backups e a perda de dispositivos.



As aplicações empresariais que hoje já são mais usadas através do telemóvel são o correio, o browser ou o acesso a contactos, todas com mais de 80% de respostas positivas. Na lista das aplicações empresariais mais acedidas através do telemóvel também estão ferramentas de apoio a vendas ou gestão de projetos em posições menos destacadas, com 51 e 63% de respostas positivas, respetivamente.



O estudo da Symantec foi realizado entre agosto e novembro de 2011. Foram inquiridas 6.275 empresas de diversas dimensões (entre 5 e 5 mil empregados). Entre os diversos países que participaram no estudo não está Portugal.



As perdas relacionadas com segurança, na área da mobilidade estimam-se em 247 mil dólares anuais, apura ainda o documento. O valor é médio e pode subir para 429 mil dólares nas grandes empresas, ou descer para os 126 mil nas empresas mais pequenas. Por regiões as perdas também variam, com menor impacto na Ásia e maior impacto na América Latina.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira