Universidades famosas como Duke, a da Califórnia e o
Institute of Technology (MIT) foram algumas das
instituições visadas pela busca de software pirateado
que acabou na apreensão de 129 computadores em 27 cidades em
todo o país.
Estas recente "caça" aos prevaricadores deve-se ao facto de
especialistas considerarem que cada vez mais crianças de tenra
idade têm acesso aos computadores, logo, todos os esforços para
reduzir a pirataria na Internet, incluindo videojogos, música,
software e filmes, devem ser dirigido a estudantes
bastante jovens.
O que se verifica é que mais de um terço de software de
negócio é pirateado e custou aos fabricantes 250 mil milhões de
escudos, de acordo com o relatório anual publicado no site da
Business Software
Alliance, a entidade reguladora.
Em declarações efectuadas ao The New York Time, David J. Farber, um
professor de ciência de computação da
Pennsylvania e um dos primeiros responsáveis de tecnologia
da Federal
Communications Commission, acredita que "no momento em que
os encontrarem a piratear, já é tarde, pois eles já acreditam
que estão a proceder bem".
Segundo especialistas no sector a América que se precipitou no
online e que divulgou massivamente a Internet junto das
camadas mais jovens gerou uma população crescente de piratas
cada vez mais novos. Eles comparam esta situação como se
oferecessem a cada estudante um carro sem lhe fornecerem lições
de condução.
"Temos tentando preparar os miúdos para usar a Internet de uma
forma segura e responsável", concretizou Nancy E. Willard,
directora do Responsible Netizen Center for Advanced
Technology in Education da
Oregon, nos Estados Unidos. Esta especialista preparou
materiais de estudo e guias de ensino de ética de computadores
nas escolas secundárias para os ajudar a perceber os requisitos
da legislação de protecção dos menores relativamente às
tecnologias e à Internet em vigor, denominado
Internet Protection Act of 2000. Esta lei, que exige que
escolas e bibliotecas usem filtros ou tecnologia similar para
proteger as crianças de materiais duvidosos, também requer que
haja uma política segura para a Internet para prevenir o acesso
não autorizado, incluindo o chamado `hacking' e outras
actividades ilegais dos menores online".
Normalmente é no Internet Relay Chat (IRC) conhecido por
canal "warez", que foi desencriptado, que os estudantes com
uma gíria própria trocam mensagens procurando conteúdos digitais
como jogos, DVDs, software de negócio, entre comentários
jocosos e insultos.
A troca é rápida e constante, devido a enorme largura de banda
e capacidade de armazenamento que alguns possuem. A quebra da
protecção de direitos de autor é efectuada no momento em
videojogos como "Tomb Raider" ou em filmes como o recente êxito
do "Harry Potter", tornando-o disponível a um preço irrisório.
As recentes buscas policiais efectuadas na rede revelaram que a
maior parte destas trocas é feita pelo divertimento e não pelos
lucros. Mas o facto é que entre os computadores apreendidos
existiam alguns que pertenciam a executivos de negócios e
administradores de rede.
"A grande incidência da pirataria de software, de acordo com
especialistas da indústria ocorre e começa nas empresas onde
muitos dos empregados partilham uma única cópia do programa, em
comparação com as trocas verificadas na Internet", salientou
Bob Kruger, vice presidente da Business Software
Alliance.
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