Tal como esperado, o governo norte-americano apresentou ontem um novo plano para relançar a economia americana. Défice também é uma palavra central no discurso político que chega do outro lado do atlântico, por estes dias, mas mistura-se com um forte investimento em áreas estratégicas, como a edução.


O plano norte-americano prevê a modernização de, pelo menos, 35 mil escolas públicas, um objetivo que será apoiado por um investimento de 30 mil milhões de dólares (21,9 mil milhões de euros). A verba servirá para levar a Internet a salas de aulas, criar ou modernizar laboratórios de ciências e renovar instalações.



O diagnóstico do governo, preliminar à definição de medidas, identificou uma elevada desproporção nos gastos entre verbas úteis para melhorar a qualidade do ensino e verbas irrelevantes para esse facto, com uma vantagem estendida para a segunda.



O documento recorda que existem nos Estados Unidos mais de 100 mil escolas públicas, que anualmente absorvem 270 mil milhões de dólares em manutenção e reparação. Só em energia as escolas norte-americanas gastam anualmente 6 mil milhões de dólares, um valor superior àquele que, em conjunto, é gasto em computadores e livros.



Um pouco à semelhança do que aconteceu em Portugal, a modernização das escolas norte-americanas ao nível da construção e dos equipamentos - no que se refere à tecnologia, traduz-se em melhores comunicações e mais hardware: PCs, projetores, etc - pretende funcionar também como um estimulo à economia e uma forma de gerar emprego.




As medidas de modernização alinhadas para a área da educação inserem-se no American Jobs Act. O plano divide-se em cinco grandes eixos que cobrem incentivos às PMEs (através do corte de impostos); reconstrução e modernização do país; criação de emprego; contribuição para melhorar a qualidade de vida dos americanos; redução do défice.




Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico