A ciber-guerra fria entre os EUA e a China conheceu um novo episódio. Durante o fim de semana um alto funcionário do governo norte-americano admitiu a hipótese de haver restrições ao nível dos vistos de entrada no país para programadores chineses que queiram participar nas conferências de hacking Def Con e Black Hat.



Em causa estará o esforço que os EUA estão a fazer para tentar diminuir a ciberespionagem chinesa em território nacional, depois de recentemente os norte-americanos terem acusado cinco chineses de roubarem informação para vantagem de empresas asiáticas. A China negou as acusações.



Elementos da organização das duas conferências de hacking disseram não ter qualquer conhecimento dos planos do governo mas à Reuters afirmaram que limitar a participação chinesa é uma “má ideia”. Jeff Moss, membro da Def Con e Black Hat, disse no Twitter que a medida não ajuda a construir uma comunidade positivia.






Um outro elemento da organização da conferência Black Hat explicou ainda que a medida terá pouco impacto isto porque todas as palestras são gravadas e depois disponibilizadas em DVD, pelo que o acesso à informação acontecerá de qualquer das formas.



Até agora estava prevista a participação de três chineses como oradores na Black Hat, enquanto a Def Con não tinha nenhum elemento chinês no seu alinhamento de palestras.



Mas as medidas restritivas podem não ser uma estreia. Na semana passada entre 10 a 12 programadores chineses terão tido os vistos de entrada nos EUA barrados, quando iam participar numa conferência de hacking no Colorado.


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