Hugo Tavares, ex-diretor do Departamento de Arquitetura de Sistemas e Paulo Queiroz, ex-coordenador do Núcleo de Arquitetura e Sistemas de Informação para a Área dos Tribunais estiveram a trabalhar no CITIUS no âmbito de uma comissão de serviço e voltaram entretanto à Polícia Judiciária, organismo ao qual pertencem.



Pelo caminho viram os seus nomes envolvidos em suspeitas de sabotagem, num relatório entregue pela ministra da justiça ao Ministério Público no início de novembro, após semanas de falhas do sistema de informação da justiça, que não conseguiu responder como esperado à reforma do mapa judiciária e acabou por paralisar e perturbar o funcionamento normal dos tribunais durante várias semanas.



O relatório deu origem a um inquérito-crime, que semanas depois acabou por ser arquivado por falta de indícios, mas a advogada dos dois técnicos está agora a estudar a possibilidade de avançar com uma queixa-crime contra a ministra da justiça por denúncia caluniosa. Se o processo avançar, os dois homens devem pedir uma indemnização, adianta o jornal Público que revela a intenção.



Isabel Duarte, a advogada dos dois técnicos, adianta para já que esteve esta quinta-feira a estudar o processo no Departamento Central de Investigação e Ação Penal e que vai agora reunir com os clientes para ser tomada uma decisão.



Esta semana soube-se também que Rui Brito e Carlos Pereira, responsáveis máximos do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, que assinaram o relatório entregue ao Ministério Publico, foram convidados a deixar os respetivos cargos. Não aceitaram e serão agora exonerados.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico