Tal como Tek publicou ontem, a Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação assinou o protocolo que formaliza o projecto "Unidos pelo Acesso", que promete levar as novas tecnologias a todos os cidadãos com necessidades especiais através da implementação de hardware e software adaptado às exigências destes utilizadores em todas os Centros de Divulgação das Tecnologias de Informação.
As ferramentas já estão à disposição dos utilizadores nos centros das capitais distritais do território nacional e são de acesso livre e gratuito a todos os que querem usufruir das novas tecnologias.
A formação dos utilizadores será calendarizada pelas associações de apoio, não havendo ainda uma data definida para o início das acções. Após a estruturação da agenda de formação será da responsabilidade das mesmas entidades o agrupamento dos indivíduos por turmas ou grupos de ensino.
Numa primeira fase a FDTI investiu 300 mil euros na adaptação dos centros e dos postos móveis de acesso, sendo ainda desconhecido o restante valor orçamental a investir nas próximas etapas do projecto.
Ricardo Castanheira, presidente do Conselho de Administração da FDTI, assumiu que esta é uma iniciativa que visa a igualdade de direitos dos cidadãos, independentemente do grau de deficiência, motora, visual ou auditiva que estes possuam. O mesmo responsável referiu que o projecto "Unidos pelo Acesso" tem como missão minimizar a "info-exclusão daqueles que por algum motivo já se vêem excluídos". No seguimento desta iniciativa, outras semelhantes deverão ser formalizadas, com outras associações, de forma a "alargar a estrutura do projecto a outras partes do país e a mais utilizadores", afirmou Ricardo Castanheira.
O evento contou ainda com a presença do presidente do Conselho de Administração da FDTI, Ricardo Castanheira, da secretária de Estado da Reabilitação, Idália Moniz e do secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias.
Durante a sua intervenção a secretária de Estado da Reabilitação afirmou que este é "um compromisso ambicioso" dirigido a um conjunto de cidadãos representativos de 6,5 a 10 por cento da população nacional. Idália Moniz recordou que há perto de duas semanas foi apresentado em parceria com o primeiro-ministro José Sócrates um plano para a integração dos cidadãos com necessidades especiais que visa o exercício igualitário de direitos, a minimização do preconceito e o fim do menosprezo das capacidades destes indivíduos.
Por sua vez, Laurentino Dias salientou que é preciso "fazer mais pelos que mais precisam da preocupação pública e das preocupações do Governo" que, através desta iniciativa se coloca "ao lado das associações e cria condições para que o trabalho tenha condições e resultados melhorados".
O desenvolvimento das tecnologias por técnicos português foi outro dos pontos abordados pelos secretários de Estado presentes no encontro, que salientaram uma das ferramentas de suporte utilizadas nos centros, o Magic Key.
A ferramenta foi concebida pelo professor Luís Figueiredo e através de uma webcam apontada à cara do utilizador permite que este navegue na Internet e usufrua de todos os programas de maneira eficaz.
O Magic Key permite que, através dos movimentos da cabeça e dos olhos, o utilizador consiga deslocar o cursor do rato no computador e com um piscar de olhos, seleccione os ícones pretendidos.
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