Três dos 10 principais fabricantes de computadores pessoais poderão ser forçados a abandonar o mercado em 2007, diz a Gartner. A estimativa é feita em resultado do crescimento lento e lucros reduzidos que se irão observar na indústria entre 2006 e 2008.




A consultora não identifica as empresas que irão deixar o mercado, mas sugere que muitas delas estão neste momento vulneráveis. A Dell é a única que tem registado lucro nos últimos anos, assinala a Gartner.




Actualmente, a Dell, a HP e a IBM assumem respectivamente os três lugares cimeiros no fabrico de PCs em unidades comercializadas, enquanto a Fujitsu, Fujitsu-Siemens, Toshiba, NEC, Apple, Lenovo e Gateway se classificam do quarto ao décimo lugar do top.




A Gartner prevê um aumento, em número de unidades, de 11,3 por cento e de receitas anuais de 14,7 por cento entre 2003 e 2005. Mas, apesar de antecedido por este período de crescimento de dois dígitos, 2006 irá apresentar-se mais difícil à medida que a procura abranda e a competição entre as fabricantes aumenta, salienta a consultora.




Entre 2006 e 2008, a média de PCs vendidos e o crescimento das receitas irá baixar para, respectivamente, 5,7 por cento e dois por cento, prevê a Gartner. Os denominados mercados emergentes, como a China, terão um papel crucial durante esse período, somando 60 por cento do crescimento previsto, mas tal não será suficiente para colmatar o abrandamento da procura em outras partes do mundo.




Face à situação colocada, a consultora equaciona vários cenários possíveis entre as protagonistas do mercado de PCs, como aquisições ou fusões, ou o recuo para os mercados regionais que serviram de ponto de partida para o negócio. A Gartner acredita, por exemplo, que a IBM ou a HP apostem no spin off do seu negócio de PCs para se concentrarem noutras áreas.




Os mercados emergentes, por sua vez, poderão funcionar como pontos de partida para as fabricantes locais chegarem ao mercado global. Empresas como a chinesa Lenovo estão, segundo a Gartner, bem posicionadas para fazer crescer a sua forte presença naquele mercado regional, investindo numa presença mundial pela aquisição de rivais.




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