A Google bem tentou reverter a situação, mas não terá sido bem-sucedida. A gigante da Internet está a ser investigada pelas autoridades europeias e americanas, por alegadamente ter "espiado" os utilizadores do browser da Apple, recolhendo informações importantes para a venda de publicidade.



Tal como quando as suspeitas foram levantadas, é o The Wall Street que avança a informação, citando fontes próximas aos processos.



A questão surgiu num artigo publicado a 16 de fevereiro em que se afirmava que a Google teria recorrido a um código de programação que permitia ultrapassar um mecanismo de segurança do Safari de impedimento à criação de cookies associados à utilização de uma funcionalidade do Google+.



Para contornar a situação, a tecnológica (e as empresas de publicidade online Vibrant Media, Media Innovation Group e PointRoll), terão recorrido a linhas de código que fizeram com que o navegador da Apple permitisse a criação dos cookies, "enganando" o browser, para que este encarasse a operação como associada ao preenchimento de um formulário da Google.



O Wall Street Journal afirmava igualmente que o alegado código foi desativado pela Google, depois de esta ter sido confrontada com o assunto pela redação.



A investigação na Europa foi acionada pela Commission Nationale de l'Informatique et des Libertés (CNIL) e junta-se ao processo em curso sobre a mudança de política de privacidade, promovida recentemente pela Google.



Nos Estados Unidos, a Federal Trade Commission estará a analisar se as ações da Google violam o acordo estabelecido no ano passado com o Governo norte-americano em redor da temática da privacidade. Se tal se vier a provar, a gigante das buscas pode enfrentar uma multa de 16.000 dólares por infração, ao dia.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Patrícia Calé