A Google está a ser processada por duas mulheres nos Estados Unidos. Motivo: a recolha de dados realizada pelos dispositivos Android. A acção visa impedir a fabricante de vender tecnologia móvel que identifique a localização do utilizador.



Citado pelo diário norte-americano Detroit News, o advogado das autoras do processo - Julie Brown e Kayla Molaski - explica que o registo de informação sobre a localização dos utilizadores Android pode colocar esses utilizadores "em sérios riscos de invasão de privacidade". Vale a pena sublinhar que as autoras da queixa reclamam 50 milhões de dólares.



A Google já tinha admitido que regista informação dos utilizadores como a localização, via GPS, acesso a redes Wi-Fi e IDs dos dispositivos, mas garante que esta informação não pode ser recuperada para seguir alguém a nível individual. Por outro lado, os utilizadores de sistemas Android têm sempre a possibilidade de desligar a funcionalidade GPS dos dispositivos, embora isso signifique que ficam privados da utilização de serviços baseados na localização.



Há cerca de uma semana também a Apple foi levada a tribunal num caso semelhante. Neste processo, entregue num tribunal da Florida, a Apple é acusada de violação das leis de privacidade por manter um registo da localização dos utilizadores, uma funcionalidade que estes não podem desligar.



O assunto veio a público depois de dois investigadores denunciarem que o smartphone da empresa guarda um histórico de informação sobre a localização do utilizador sem a permissão do utilizador e sem que este tenha sequer conhecimento. Esses dados ficam guardados no dispositivo.




A Apple assegura, no entanto, que as acusações são falsas. A fabricante garante que os únicos registos guardados têm como objectivo obter coordenadas geográficas para formar uma base de dados de pontos Wi-Fi e antenas de redes móveis, próximas do local onde se encontra um utilizador. Esta informação está em constante actualização.