Muitas aplicações e serviços digitais ainda não estão preparados para serem utilizados por pessoas que não conseguem usar um smartphone ou um rato e teclado devido a deficiências motoras. A Tobii, uma empresa sueca especializada em tecnologia de controlo de equipamentos através do movimento dos olhos, desenvolveu uma solução que permite interagir de forma mais acessível a algumas das aplicações mais populares.

Para quem tem paralisia cerebal ou esclerose lateral amiotrófica (ALS na sigla em inglês), o processo de aceder à Internet é um desafio. Em muitos casos, os utilizadores têm de recorrer a interfaces com designs mais simples, mas que acabam por não disponibilizar o acesso a todas as funcionalidades de um website ou aplicação.

Através da solução da Tobii, os utilizadores com equipamentos adaptados às suas necessidades podem aceder à Internet de forma mais independente. As aplicações e serviços digitais desenvolvidos em parceria com a d-bur, uma empresa especializada em tecnologias acessíveis, apresentam um design a pensar na interação através do movimento dos olhos.

A suite desenvolvida inclui redes sociais como o Facebook e o Instagram, aplicações de mensagens instantâneas como o Messenger ou o WhatsApp e ainda serviços como o Netflix ou o Spotify. Em destaque está também o acesso ao motor de busca da Google e ao YouTube.

Para alguns dos utilizadores das tecnologias da Tobii, o acesso à Internet é essencial para as funções das profissões que desempenham. Por exemplo, para Delaina Parrish, co-fundadora da marca Fearless Independance, o Instagram é uma ferramenta importante, mas cujo acesso não era fácil.

Tobii | Aplicações Acessíveis
Tobii | Aplicações Acessíveis Delaina Parrish tem paralisia cerebral e através da suite de acessibilidade da Tobi consegue aceder mais facilmente às aplicações que necessita para o seu trabalho. créditos: Tobii

“As apps mais acessíveis melhoraram a minha produtividade e a forma como comunico com outras pessoas online”, explica Delaina Parrish em comunicado à imprensa. A jovem revela também que a tecnologia a ajudou a ser ainda mais independente no seu dia-a-dia.