
A Honor é a mais recente empresa chinesa de tecnologia a anunciar a aposta no fabrico de robots inteligentes humanoides. A empresa junta-se ao esforço da China que quer liderar esta indústria e um dia ter robots a trabalhar nas suas fábricas.
A fabricante chinesa procura novas oportunidades de negócio e vê a área da robótica como uma aposta de futuro. Segundo a Bloomberg, a Honor tem um plano de investimento de 10 mil milhões de dólares para os próximos cinco anos em inteligência artificial e novas aplicações.
O Governo chinês começa a olhar para esta tecnologia como parte da solução para o seu crescimento económico e atribui subsídios e fundos para o seu desenvolvimento. E já há fábricas e armazéns que operaram com robots, levantando igualmente preocupações da população sobre a possibilidade de o desemprego aumentar.
Já existem aplicações práticas, como o uso de robots num armazém dobram t-shirts, fazem sandes e abrem portas, vezes sem conta. O armazém pertence à startup chinesa AgiBot, operando 17 horas por dia para gerar dados para treinar robots, prometendo que estes um dia venham a desempenhar as tarefas dos humanos. A empresa tem uma visão onde um dia serão os próprios robots da sua fábrica de máquinas humanoides a fabricarem-se a si mesmo.
Veja na galeria imagens de robots em treino na China
A China tem apresentado avanços na inteligência artificial, com empresas como a DeepSeek a mostrar que o país tem conseguido contornar as limitações impostas pela Casa Branca. A IA tem ajudado as fabricantes de robots a melhorarem as suas ações e utilidade, dando sinais de poderem ser adotados pelas empresas e serem viáveis economicamente.
A Nvidia, que é um dos gigantes do hardware para inteligência artificial, revelou na Computex os planos de produção de sistemas avançados para treinar robots humanoides. O seu líder, Jensen Huang, não poupou elogios a este segmento da indústria, salientando que será o único tipo de robots que vai funcionar. A IA está a assumir cada vez mais uma forma física e segundo o CEO da Nvidia, os agentes de IA são “essencialmente robots digitais”, capazes de perceber e planear.
Os analistas preveem que os humanoides podem seguir a trajetória dos veículos elétricos, cujos custos de produção caíram drasticamente na última década com a ajuda dos subsídios do Governo. E estima-se que o custo dos materiais para construir um robot seja de 35 mil dólares até ao final do ano, mas podem cair para 17 mil em 2030, caso a maioria da matéria-prima seja gerada na China.
Em comparação, a construção de um robot Optimus da Tesla custa entre os 50 a 60 mil dólares. Estima-se que a venda global destes humanoides possa chegar a 1 milhão em 2030. A empresa de Elon Musk tem vindo a partilhar vídeos do seu Optimus, demonstrando a sua faceta de dançarino na sua mais recente geração. Os planos da Tesla é terem robots a trabalhar juntamente com funcionários humanos nas fábricas da Tesla, dentro de um ou dois anos, sobretudo em tarefas repetitivas, perigosas e aborrecidas.
Segundo dados da Morgan Stanley citados pela Reuters, em 2024 surgiram 31 empresas chinesas a apresentar 36 modelos de robots humanoides, quando os Estados Unidos avançaram com apenas oito. E na China já seis empresas, incluindo a Unitree e a UBTech, afirmam ter entrada em produção massiva ou prestes a iniciar.
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