A Google está a tomar medidas para reduzir o impacto do consumo energético dos seus data centers nos Estados Unidos, em particular, durante os períodos de maior pressão sobre a rede elétrica. Destas medidas fazem parte a assinatura de novos acordos com duas empresas de eletricidade no país, a Indiana Michigan Power e a Tennessee Valley Authority.

A gigante tecnológica explica que tem vindo a trabalhar para integrar novas capacidades mais flexíveis nos seus centros de dados, permitindo deslocar ou reduzir o consumo de energia em determinadas horas ou alturas do ano.

A assinatura dos acordos afirma-se como a primeira vez que a empresa aplica esta prática, conhecida como “demand response”, a processos na área de machine learning.

A Google aponta que as medidas têm várias vantagens, permitindo, por exemplo, que grandes cargas elétricas, como aquelas que são exigidas pelos data centers, sejam interligadas mais rapidamente. A prática ajuda também a reduzir a necessidade de construir novas redes de transmissão e centrais elétricas, permitindo que os operadores de rede consigam gerir os sistemas de maneira mais eficiente.

IA já consome 20% da energia nos data centers. Valor pode duplicar até ao fim do ano
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Nos últimos anos, o consumo de energia por parte de data centers disparou, impulsionado por expansões para dar resposta às exigências da IA.

Embora ainda existam muitas incertezas quanto ao verdadeiro “peso” da tecnologia no consumo de energia nos data centers, uma vez que as grandes tecnológicas costumam manter essa informação em segredo, estima-se que já represente 20% das exigências energéticas dos centros de dados.

Segundo os especialistas, as necessidades da tecnologia podem duplicar até ao fim do ano, ultrapassando as da mineração de Bitcoin. O estudo aponta que tal corresponderia a quase metade de todo o consumo de energia por data centers a nível mundial, excluindo os consumos ligados à mineração de Bitcoin.