A inteligência artificial já está a mudar a economia e a sociedade, mas Brad Smith veio ao Web Summit dizer que a transformação está só a começar. O presidente da Microsoft defendeu que estamos à beira de uma nova revolução industrial. É preciso aprender com as lições do passado para potenciar ganhos no futuro, mas não está tudo escrito porque há desafios hoje que quem liderou os “GPTs” anteriores não teve de enfrentar.
Antes de continuar, só uma nota para referir que se por GPT na frase anterior entendeu ChatGPT não entenda, porque a referência é para a expressão General-Purpose Technologies, algo que podia não ser imediatamente perceptível para quem olhasse rapidamente para o título da talk - The Next GPT.
“Temos a oportunidade de em conjunto criarmos toda uma nova economia, mas temos mais do que isso. Temos a oportunidade de criar uma nova revolução industrial, que pode ser uma melhor revolução industrial”, disse.
“Temos de preocupar-nos com algo que quem esteve nas revoluções industriais anteriores não teve de preocupar-se”, lembrando o impacto ambiental de uma evolução que passa cada vez mais pela eletrificação e os seus impactos.
Brad Smith lembrou que a IA generativa voltou a reunir o mundo à volta de uma tecnologia para o bem comum (GPT), com capacidade de impactar toda a sociedade e que também foi isso que aconteceu na 1ª revolução industrial, anos mais tarde com a chegada da eletricidade ou mais recentemente com a computação pessoal.
Tal como nas revoluções anteriores, depois da agitação inicial vão chegar os impactos positivos para toda a sociedade, a prosperidade e o crescimento económico. Estamos no ponto de criar os modelos que vão liderar essa mudança. No segundo quarto deste século teremos a oportunidade de começar a levar ao terreno o verdadeiro poder da tecnologia, antecipa o responsável, que é presença assídua no Web Summit.
É possível aprender com as lições do passado para preparar o futuro e isso implica colaboração entre as empresas que trabalham nesta área e a aposta na mesma lógica de ecossistema que potenciou as revoluções anteriores. “Temos de reconhecer que não somos apenas empresas com produtos. Somos um ecossistema que integra um mesmo tech stack onde estão várias camadas”.
Brad Smith fez questão de sublinhar que a Microsoft está em todas as camadas, das infraestruturas às aplicações que o cliente final vai usar, para referir que o investimento feito em cada uma delas está orientado para essa lógica de ecossistema. As infraestruturas, nestes caso os data centers que a tecnológica tem vindo a criar, vão ser usados não apenas por si como por clientes e parceiros para fomentar toda uma nova onda de serviços e aplicações com IA.
O SAPO TEK vai estar a acompanhar o Web Summit e pode seguir todas as notícias no dossier especial Web Summit 2024 e partilhar também as suas impressões ou novidades com a redação através do email geral@tek.sapo.pt. O SAPO é media partner e pode ver também aqui as transmissões do palco principal, em streaming.
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