Embora a Apple ainda não se tenha pronunciado relativamente às expectativas de adopção do seu mais recente gadget, o iPad, as primeiras previsões indicavam que a adesão dos seguidores da marca da maçã ficaria aquém do registado com outros produtos.



As mais recentes previsões já apontavam em sentido contrário e indicavam que o stock destinado a pré-reservas teria mesmo esgotado, deixando no ar a hipótese de estar a nascer mais um sucesso de vendas no universo Apple.



Os dados não oficiais do primeiro dia de vendas esclarecem algumas dúvidas e voltam a provar que a Apple sabe fazer despertar a curiosidade e interesse dos utilizadores de equipamentos electrónicos. Os relatos da imprensa norte americana e as fotos dão conta de grande movimento à porta das lojas da fabricante no passado sábado pela manhã, altura em que o muito especulado tablet chegou ao mercado e de grande diversidade de segmentos de clientes nessa massa de gente. Na loja de São Francisco chegaram a juntar-se 500 pessoas à porta para comprar o novo gadget.



Se na véspera não era possível vislumbrar grandes movimentações em torno dos espaços que asseguravam o arranque das vendas do equipamento nos Estados Unidos, mercado que teve honras de pioneiro, no dia certo várias centenas de clientes esperavam vez para adquirir o iPad.



Nos vários relatos da imprensa é possível perceber que a informação prévia, relativa ao facto do número compradores do Tablet poder ficar aquém do previsto nas pré-encomendas online levou muitos clientes a acreditar que seria fácil ter acesso ao produto no dia da estreia. E ao que parece, não foi impossível - não há nota de rupturas de stock - mas terá sido demorado.



A Apple ainda não deu qualquer indicação sobre as vendas, mas de acordo com dados da consultora Piper Jaffray a empresa poderá ter vendido 700 mil unidades do equipamento só no primeiro dia. Previsões mais moderadas de outras empresas de estudos de mercado convergem para um intervalo de 200 a 300 mil equipamentos no primeiro fim-de-semana de vendas. Ambas as previsões são positivas, embora alinhem uma intensidade de vendas bastante divergente, tendo em conta tratar-se de um gadget reconhecidamente com algumas limitações - como a ausência de suporte para flash - ou o facto do mercado de tablets ser um mercado de nicho.



O iPad que começou a ser vendido no último Sábado liga-se à Internet via WiFi. É o modelo mais barato dos dois que a Apple vai colocar no mercado, custando 499 dólares (370 euros). A versão suportada numa ligação móvel de dados fica à venda nos Estados Unidos no final do mês por mais 130 dólares (96,5 euros).



Nota de redacção: A meio do dia a Apple esclarecia que no primeiro dia de comercialização vendeu 300 mil unidades do iPad, um número que contabiliza vendas em lojas próprias, outros retalhistas e pré-encomendas.