Depois da IDC, é agora a vez de a Counterpoint baixar as previsões de vendas para o mercado de smartphones este ano. A primeira estimativa indicava que as vendas de equipamentos iam crescer 4,2% em 2025. A nova previsão ajusta o valor para 1,9%. A IDC reviu as suas previsões de crescimento para o mesmo mercado de 2,3% para 0,6% e um total de 1,24 mil milhões de unidades vendidas em 2025.

Para ambas as consultoras, o impacto incerto das tarifas é a principal razão para a revisão que reflete as expectativas e planos dos retalhistas. Exatamente por isso, a Counterpoint acredita que as regiões do globo mais prejudicadas pela incerteza vão ser os Estados Unidos e a China. Nos EUA, as vendas devem mesmo cair 3%, por causa do esperado aumento de preço dos equipamentos, e na China devem estagnar. Na Europa antecipa-se que cresçam 1%.

Por fabricantes, o grande destaque vai para a Huawei, com a Counterpoint a acreditar que a fabricante chinesa tem condições para aumentar vendas em 11% este ano. A grande expectativa vai para o efeito das tarifas em fabricantes como a Apple e a Samsung.

"Todas as atenções estão viradas para a Apple e a Samsung, devido à sua exposição ao mercado norte-americano. Embora as tarifas tenham desempenhado um papel importante nas revisões das nossas previsões, estamos também a ter em conta o enfraquecimento da procura, não só na América do Norte, mas também na Europa e em partes da Ásia", destaca Liz Lee, diretora associada da Counterpoint.

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Ainda assim, a empresa de estudos de mercado espera que o ano seja positivo para a Apple, e de crescimento, beneficiando do impacto do iPhone 16. Quanto à Huawei, a Counterpoint destaca “um abrandamento dos estrangulamentos no fornecimento de componentes essenciais, pelo menos até ao final do ano, que deverá ajudar a conquistar uma quota substancial nos segmentos de gama média/baixa a nível nacional."

A empresa de estudos de mercado não arrisca dizer se 2025 será o ano de relançamento da Huawei no mercado mundial, mas reconhece que se a fabricante conseguir ultrapassar os problemas com a cadeia de abastecimento está em boa posição para o fazer.