O primeiro satélite singapurense lançado da Estação Espacial Internacional (ISS) já está a orbitar o planeta Terra. Foi desenvolvido pela Universidade Tecnológica de Nanyang (NTU) em parceria com o Instituto Tecnológico de Kyushu, no Japão, e, segundo os criadores, é o primeiro do seu género e pode abrir um precedente para uma nova geração de satélites.

O engenho espacial deixou o “laboratório orbital” durante a tarde desta segunda-feira e é descrito como um nano-satélite habitável com cerca de 110 metros e que pesa dois quilogramas.

O que o distingue dos outros é o facto de estar equipado com micro-propulsores – concebidos pela NTU – que lhe permitem ficar em órbita durante cerca de seis meses, o dobro do tempo registado pelas naves congéneres, que, devido às suas reduzidas dimensões, não podem ser impulsionadas por motores e acabam por perder altitude.

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O Aoba-Velox III está agora a “flutuar” a aproximadamente 400 quilómetros da superfície da Terra e, segundo a universidade singapurense, já foi estabelecido contacto com o satélite.

É revelado em comunicado que está já a ser desenvolvido um segundo aparelho que deverá ser lançado em 2018 e que vai permitir transformar satélites em sondas espaciais num futuro próximo.

O Aoba-Velox III tem como missão realizar um rol de testes, entre os quais a eficácia e eficiência do sistema de micro-propulsão da NTU, um sistema de comunicação remota desenvolvido pelo Instituto Tecnológico de Kyushu e a durabilidade de processadores comerciais no Espaço sideral.

Se um satélite puder ficar mais tempo em órbita, menos frequente será a necessidade de substituí-lo, o que, para além de reduzir as despesas de construção de novos aparelhos, não acrescente mais detritos à camada de "lixo espacial" que envolve a Terra e que cresce cada vez mais, com o apetite em crescendo pelo desconhecido.