A Lenovo deu início a mais uma edição do Tech World, o evento onde a tecnológica apresenta as suas principais novidades, a sua visão da indústria, apresentando conferências focadas em diversas áreas do seu negócio, dos equipamentos, computadores e soluções de TI disponíveis em diferentes áreas. As alterações climatéricas e a sustentabilidade foram temas que a empresa tem como pano de fundo e como a tecnologia inteligente pode ajudar a mudar o mundo.
O CEO da Lenovo, Yuanqing Yang, abriu o evento para salientar como a tecnologia pode tornar o mundo melhor, oferecendo previsibilidade, libertando a imaginação e as possibilidades de utilizar a digitalização e inteligência na transformação do planeta. E tornar a vida das pessoas melhor e mais sustentável através das soluções de cloud e IA, a trabalharem em conjunto.
A tecnológica reuniu uma série de tendências que estão a moldar a forma como as pessoas trabalham e convivem, obrigando as empresas e funcionários a se adaptarem às novas realidades profissionais.
A primeira tendência é a combinação do mundo físico e virtual como o futuro do espaço de trabalho. Os colegas de trabalho passam a ser reais ou virtuais, através da IA, o metaverso pode tornar os espaços igualmente virtuais. Mas tudo isso para salientar que a colaboração pode ser agora feita em qualquer lugar, encontrar colegas em salas virtuais personalizadas, fazer reuniões online e com isso as fronteiras dos espaços físicos a desaparecerem. Diz que o futuro trabalho é mais imersivo e colaborativo.
A empresa está a trabalhar em soluções de produtividade através de hologramas no ciberespaço. Pessoas, dados e espaço misturados para tornar as conversas “cara a cara” mais próximas, embora virtuais. É a entrada da empresa no metaverso, através de áudio e imagem imersiva, construindo salas de reunião virtuais. A empresa pretende quebrar as fronteiras entre o físico e o virtual.
A Lenovo e a Qualcomm fizeram uma parceria para libertar o potencial do metaverso. O headset de realidade virtual da Lenovo garante reuniões no ciberespaço, através de avatares, seja em sessões de treino para aprender novas funções, encontrar os colegas para trabalhar ou socializar, naquela que diz ser uma quebra de barreiras.
A segunda tendência é passar do computador para computação. Ter computadores mais rápidos, transferências de dados mais rápidas, com mais segurança. E claro, novas “form factors” de produtos. O computing pode ser feito em qualquer lado, através de Edge. Compara o fornecimento de computação como a eletricidade e água, através de um modelo de serviço, fornecido pela cloud.
O Edge computer permite através de uma ligação online oferecer serviços. A Lenovo revelou novidades no que diz respeito a servidores ThinkEdge e o serviço XClarity para unificar todos os equipamentos e aplicações. As suas soluções de cloud híbridas pretendem ser mais flexíveis, com modelos de subscrição para os seus clientes.
A terceira tendência apontada pelo líder da empresa diz respeito às empresas ICT que permitem a digitalização das organizações. Há novas soluções de TI baseadas em cloud e outras soluções horizontais, não apenas assentes em equipamentos, mas espaços inteligentes, metaverso, cloud e IA. As fábricas estão a lutar contra a falta de materiais para produzir os produtos.
A Lenovo diz que tem um novo motor de previsão e decisão para mitigar os riscos da cadeia de produção. A otimização é feita também com serviços inteligentes. Dá o exemplo do metaverso industrial, como salas de aula virtual para ajudar a aprendizagem dos alunos ou colaboração remota em vídeo para os profissionais estarem presentes de forma virtual onde são precisos.
A inovação conduz a produtividade, diz o líder da Lenovo. E com isso a quarta tendência é tornar o planeta mais sustentável e a tecnologia tem um papel nisso, destaca. A supercomputação pode ser utilizada para reduzir a pegada carbónica, como o seu supercomputador Neptune.
No que diz respeito à sustentabilidade, os novos materiais, tais como a pele vegan e alumínio reciclado são formas de reduzir a pegada carbónica no planeta. Estes materiais são utilizados nos seus produtos, como o Yoga Slim i9, considerado o primeiro computador sem carbono no mercado. Soldas de baixa temperatura, caixas com materiais biológicos, são pequenas mudanças na construção que pretendem ajudar a reduzir a pegada carbónica. Só na questão da mudança para a as soldas de baixa temperatura, a empresa afirma que reduziu 10 mil milhões cúbicos de emissões carbónicas. Acredita que pequenas mudanças como esta têm grande impacto ambiental.
Dessa forma, a Lenovo pretende ser “net-zero” até 2050. E para isso conta com todos os seus parceiros e clientes espalhados pelo mundo, que desafiam a empresa a fazer melhor, salienta o líder da tecnológica. E com isso, pretende construir um futuro mais inteligente.
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