Os números são relativos ao ano de 2020 e não apenas aos períodos de confinamento, mas mostram também uma evolução positiva e um crescimento face a anos anteriores.
Entre as regiões europeias, é a capital da Finlândia, Helsínquia, que em 2020 registou a maior percentagem de profissionais em teletrabalho, com 37% da população ativa a trabalhar à distância. Seguem-se duas regiões na Bélgica, a província Brabant wallon e a região de Bruxelas, com 27 e 26%. Da lista divulgada hoje pelo Eurostat constam ainda a região de este e centro da Irlanda (23%), Viena de Áustria, Hovedstaden na Dinamarca com 23% e a Ilha de Franca, assim como Utrecht nos Paises Baixos, o Luxemburgo, como um todo, e a Área Metropolitana de Lisboa, em Portugal, todos com 23%.
Pelas contas do gabinete de estatísticas da União Europeia, um em cada quatro trabalhadores conseguiu manter-se a trabalhar de forma remota em 2020 na área da grande Lisboa, um número que fica muito acima da média europeia, que se fixou em 12%.
O relatório indica que os números contrastam com a tendência verificada em vários países do sul e leste da Europa. No ano passado, menos de 5% da população empregada recorreu ao teletrabalho nas principais regiões da Croácia ou na Grécia, por exemplo.
A aceleração da tendência de trabalho à distância no último ano e meio foi uma realidade que deverá manter-se como tendência para os próximos anos, pelo menos a considerar as medidas previstas por grande parte das empresas com quem o SAPO TEK falou num dossier publicado na semana passada sobre o tema, e as medidas previstas no Livro Verde do Trabalho.
Na última década a média de trabalhadores em teletrabalho tem variado entre 5 e 6% da população empregada embora algumas regiões europeias já recorressem em grande medida a este modelo, como acontecia com as duas regiões da Irlanda.
A Área Metropolitana de Lisboa está ainda entre as regiões europeias onde se sentiu um maior crescimento do teletrabalho, aumentando 14,3%, mas outras regiões de Portugal tiveram uma variação menor, com a região Norte a crescer 5,7% e o Alentejo 4,9%, enquanto o Centro aumentou 4,4% e o Algarve 3%. Nos Açores só se registou um crescimento de 3,3% e na Madeira 2,5%.
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