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Don Tapscott, guru canadiano para a área das tecnologias, está em Portugal para o Fórum Mundial das Telecomunicações, que decorrerá em Lisboa. Questionado sobre os benefícios do programa Magalhães, o autor das obras Economia Digital e Wikinomics não se poupou nos elogios e classificou a iniciativa do Estado português como "a mais sofisticada e avançada implementação das tecnologias de informação em educação no mundo", cita a Lusa.
Segundo o especialista, o programa poderá ter resultados muito positivos para o país, principalmente por "dar às suas crianças o seu direito de nascença que é ter acesso a um novo meio de comunicação que melhora a sua aprendizagem e experiência humana".
Don Tapscott vai mais longe e afirma que todas as crianças do país devem ter acesso à iniciativa e às redes a que este se liga. Isto porque, no entender do pensador, o modelo tradicional de ensino, em que o professor detém o conhecimento e o aluno absorve os conteúdos "é inapropriado" para esta nova geração que "cresceu com interactividade e colaboração".
Tendo em conta a evolução mundial a nível de implementação das TI nas salas de aula, Tapscott classifica Portugal como um exemplo e salienta que é através de iniciativas como a do Magalhães que está "o futuro", devendo por isso ser assegurado que "os cidadãos mais novos têm acesso à Internet, porque quando os mais novos crescem a utilizar a tecnologia isso afecta o desenvolvimento cerebral de formas muito positivas".
"Eu chamo a esta geração mundial a 'geração net'. São uma geração de nativos digitais, eu sou um imigrante digital, eu cheguei ao mundo digital como um imigrante. Eles cresceram no mundo digital. [...] A sua cultura é diferente, a maneira como interagem com a tecnologia é diferente e se queremos vencer no século XXI devemos assegurar que todos os jovens têm acesso à Internet e é por isso que o Programa Magalhães é tão importante", finaliza.
Porém, o canadiano aconselha Portugal a apostar numa rede de alta velocidade de próxima geração, em utilizadores activos e informados, em tecnologia nas escolas para mudar o modelo de aprendizagem e pedagogia e em políticas para proteger a privacidade e assegurar que a tecnologia serve as pessoas.
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