As vendas nacionais agregadas de PCs aumentaram 22,12 por cento em 2004, permitindo a comercialização de 598.196 unidades, revela a IDC Portugal. O maior crescimento é da Acer que aumentou as vendas em 172 por cento face ao ano anterior, com 45.626 unidades comercializadas no mercado agregado e uma quota de 7,6 por cento do mercado.



Gabriel Coimbra, da IDC Portugal, explica que o ano de 2004 marcou definitivamente a retoma no mercado de PCs, na globalidade. "Apesar da retoma lenta e frágil da economia portuguesa, assim como a instabilidade política vivida no país, verificamos que muitas organizações de médio e grande porte substituíram o seu parque de PCs - factor crítico para os resultados verificados no mercado de Desktop e x86", reforça.




A HP mantém a liderança do mercado nacional em todas as áreas, embora reduza a quota no mercado agregado e perca em volume de vendas nos portáteis. Com vendas de 149.676 unidades, quase o triplo do segundo player, a HP apresenta uma quota de mercado agregado de 25 por cento, contra os 27,3 por cento do ano passado, quando vendeu 133.704 unidades.



A Solby/Citydesk mantém praticamente a mesma quota (8,9 por cento, contra 10,7 por cento em 2003), face aos dados apurados pela IDC no ano passado, garantindo a segunda posição do mercado com vendas de 53.026 unidades. A Toshiba ocupa a quinta posição do ranking com vendas de 42.333 unidades e uma quota de 7,1 por cento.



A Fujitsu Siemens apresenta um posicionamento alinhado nas três principais tabelas de vendas: valor agregado, desktop e portáteis, com quotas de 7,2 por cento, 7,7 por cento e 6,4 por cento, respectivamente que lhe garantem o quarto lugar das tabelas.



Nos três casos as posições ocupadas representam um crescimento próximo dos 50 por cento, face aos números do ano passado. Em termos de unidades a Fujitsu acumulou vendas globais de 43.136 unidades, para o que contribuíram as vendas de 27.846 unidades desktop e 13.750 portáteis.


Portáteis continuam a dinamizar mercado

O aumento da concorrência e a afirmacão de alguns fabricantes nacionais, assim como a entrada ou reforco de players internacionais, criou, segundo Gabriel Coimbra da IDC Portugal, um ambiente muito favorável a substituição de Desktop por Portáteis. "Para além da elasticidade do preço e crescente performance destas máquinas, a necessidade de maior mobilidade e portabilidade por parte dos utilizadores e iniciativas de divulgação, como é o caso do e-U e outras por parte dos próprios fabricantes, operadores de telecomunicações, etc.., criaram condições propícias para a adopção deste tipo de PCs por parte de novos e tradicionais utilizadores de PC", justifica ainda o responsável pela empresa de estudos de mercado.



Este segmento continua a mostrar taxas de crescimento acima dos desktops, tendo revelado uma subida de 31,5 por cento face a 2003 para um total de 215.735 unidades vendidas. A HP liderou as vendas com uma quota de 22 por cento e 47.388 unidades vendidas, numa redução de 11 pontos percentuais face a 2003 que mesmo assim lhe permitiram manter o primeiro lugar da tabela.



A Toshiba arrecada a segunda posição com 42.297 portáteis vendidos e uma quota de 19,6 por cento, num crescimento de 47,7 por cento, depois no ano passado ter chegado à liderança do mercado. A Acer, por seu lado, volta a acumular a maior subida da tabela com um crescimento nas vendas de 306 por cento, face ao ano anterior e 36.326 unidades vendidas.



Embora com crescimento de vendas acima do crescimento de mercado (47,7 por cento contra um crescimento global de 31, 6 por cento, a Toshiba reafirma que esta análise não espelha todas as facetas do mercado por expressar apenas unidades vendidas e não volumes de facturação.



"Estamos a garantir a rentabilidade do negócio tendo conseguido estabilizar os preços médios de venda e não estamos obcecados com o crescimento a qualquer preço - Aliás desinvestimos dos segmentos onde a guerra de preços tem esmagado margens dos fabricantes e dos seus revendedores e retalhistas. Preferimos continuar a privilegiar a qualidade, fiabilidade e níveis de assistência pós-venda de forma a garantirmos a satisfação dos nossos exigentes clientes e parceiros", justifica Jorge Borges, director de marketing da Toshiba Portugal.




Marcas portuguesas em segundo e terceiro lugar nas vendas de Desktops
No mercado desktop a liderança vai mais uma vez para a HP que vendeu 92.211 equipamentos, num crescimento de 28,6 por cento e com uma quota de 25,6 por cento. O segundo e terceiros lugares são porém ocupados por marcas portuguesas, com a Solbi no segundo lugar de vendas, apesar de uma quebra de 4,7 por cento face a 2003, registando vendas de 43.950.



Em terceiro lugar está a JP Sá Couto, com a empresa do norte a vender 32.550 Tsunami no período em análise, o que lhe valeu um crescimento de 30,6 por cento e uma quota de 9 por cento neste segmento desktop.



Nos servidores as três primeiras posições são ocupadas pela HP, IBM e Dell, com esta última a registar o maior crescimento face ao ano passado, cerca de 64,9 por cento.



Em termos globais o mercado de servidores cresceu 26,4 por cento para um total de 21.873 unidades vendidas. A HP contribuiu com 10 mil unidades, a IBM com 2.617 e a Dell com 1.840.



O TeK solicitou comentários aos cinco principais players de mercado sobre os números agora revelados pela IDC, mas a HP, Solbi, ACER eFujitsu Siemens não se mostraram disponíveis até à hora de publicação da peça.



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