A Microsoft elaborou um relatório onde menciona ter detetado websites criados nas últimas semanas por hackers ligados à G.R.U., uma unidade russa. O objetivo desses sites é levar as pessoas ao engano, pensando que estão a clicar em endereços da Hudson Institute e a International Republican Institute, mas são redirecionados, sem darem conta, para páginas criadas por hackers para roubar as suas credenciais. Ainda no mês passado, a tecnológica havia referido que os Estados Unidos continuavam a ser alvo de ataques cibernéticos com origem na Rússia.

Segundo adianta o New York Times, existem também websites que simulam o Senado dos Estados Unidos, sem mencionar quais os gabinetes específicos ou campanhas políticas. A Microsoft refere que grupos designados por Fancy Bear, APT 28 e Strontium, associados ao governo russo, têm vindo a duplicar outros sites como o Office 365 e algumas organizações políticas sem fins lucrativos.

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A Microsoft obteve uma ordem jurídica que lhe dá poderes para apoderar-se dos respetivos websites e pesquisar provas sobre as intenções dos hackers, a fim de travar a sua ação, tais como eventuais interferências nas próximas eleições intercalares americanas em novembro, ainda que não hajam dados concretos para já. Nos últimos dois anos, a Microsoft já apagou 84 websites enganosos ligados ao Fancy Bear.

O jornal refere que o Hudson Institute tem promovido programas de estudo sobre o surgimento de governos cleptocráticos a nível mundial e que a Rússia é um dos principais visados. Já o International Republican Institute tinha no seu quadro de diretores diversos líderes republicanos críticos sobre as conversações entre Donald Trump e o presidente da Rússia, Vladimir Putin.