A Microsoft concordou em realizar pequenas alterações ao seu sistema operativo Windows no sentido de responder às recentes solicitações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, no âmbito do
acordo que resolveu o processo antitrust com o governo federal daquele país.

Segundo a agência Reuters, citando o porta-voz da empresa Jim Desler, a gigante de software irá atribuir um local mais destacado ao botão no Windows que permite que os utilizadores removam o browser Internet Explorer da companhia. A Microsoft considerava que o local original do botão ia de encontro ao estabelecido no acordo, comentou Desler.

Contudo, aquele responsável acrescentou que a companhia concordou em alterar a sua posição no menu de Start ou Início do sistema operativo depois de ter conversado com o Departamento de Justiça. Este organismo do governo federal dos Estados Unidos está a monitorizar o cumprimento por parte da Microsoft do que ficou estabelecido no acordo.

A colocação daquele botão num local pouco acessível foi uma das várias queixas que as concorrentes da Microsoft efectuaram ao Departamento no ano passado. O acordo, apoiado em Novembro pela juíza distrital Collen
Kollar-Kotelly, resolveu as acusações levantadas pelo governo federal de que a Microsoft abusou do seu monopólio no mercado dos sistemas operativos para computadores pessoais.

Os termos do acordo visaram oferecer às fabricantes de computadores uma maior liberdade para integrar browsers concorrentes como o Netscape da AOL Time Warner, bem
como outro software não produzido pela Microsoft, ao permitir-lhes
esconder alguns dos ícones da companhia no ambiente de trabalho do Windows.

No âmbito do acordo, a Microsoft está proibida de exercer retaliações contra as fabricantes de computadores que optarem por integrar produtos de outras companhias. Para além disso, não pode estabelecer acordos que exigem o suporte exclusivo de algum software da companhia.

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