Em 2020 estarão ligados à Internet 50 mil milhões de dispositivos, onde se inclui toda uma nova gama de equipamentos que podem estar na cozinha, no automóvel ou em qualquer área. Serão produzidos 35 zettabytes de informação, quatro vezes mais que os 7,9 zettabytes estimados para 2015.

Os números foram citados por Mike Gregoire, que comanda a tecnológica norte-americana desde janeiro deste ano e que promete uma aposta reforçada da companhia na inovação orgânica, mais releases de produtos e uma resposta adequada às novas tendências do mercado.

A área da mobilidade é um dos domínios de aposta da empresa que está a trabalhar em soluções que permitam às empresas ir além da gestão dos dispositivos que hoje é oferecida pela maior parte dos produtos, para a gestão das aplicações, dos conteúdos e dos serviços. Mike Gregorie adiantou, na keynote de abertura do CA World 2013, dados de mercado indicando que menos de 10% das empresas acreditam ter a capacidade para controlar a informação colocada em dispositivos móveis.

O software as a service é apontado como mais uma tendência de mercado e mais uma área onde a CA quer reforçar presença. O objetivo da companhia é garantir um portfólio de soluções de gestão e segurança de infraestruturas suportado neste modelo, para todos os seus segmentos de produto.

Uma área com menos história na companhia, mas que também se integra no leque de prioridades estratégicas é o Big Data, como frisou o responsável, com analítica. "Vemos uma grande oportunidade na utilização do Big Data para dar inteligência às soluções de gestão de infraestruturas e aumentar o valor que conseguimos entregar aos clientes", sublinhou. "É uma área emergente para nós, mas na qual temos focado muito os nossos esforços de desenvolvimento", acrescentou Mike Gregorie.

No mesmo leque de oportunidades e tendências a tecnológica alinha as DevOps (que designam a capacidade de promover a comunicação, integração e colaboração entre quem desenvolve aplicações e gestores TI). A empresa defende que promover esta colaboração pode ajudar as empresas a reduzir em 30 a 50% o time to market; diminuir em 20 a 30% os custos de infraestrutura e melhorar entre 80 a 100% a qualidade. As métricas, explicou o CEO, assentam em estimativas que têm por base a utilização das soluções da empresa.

Os seis mil engenheiros da CA e os 600 milhões de dólares gastos anualmente em investigação e desenvolvimento estão a ser já canalizados para estas prioridades, garantiu ainda o responsável no evento que decorre até quarta-feira em Las Vegas e que junta cerca de cinco mil clientes e parceiros da companhia.

Cristina A. Ferreira

Escrito ao abrigo do novo Acordo
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