Os museus têm dado uso à tecnologia para tornar as suas exposições mais imersivas. Veja-se a realidade aumentada, por exemplo, que quando conjugada com determinadas peças, é capaz de lhes dar vida, fazendo-as saltar para fora das suas molduras. Em Itália, há museus que estão agora a testar a eficácia de um outro sistema para medir o quão atrativas são as peças de arte em exibição.
O sistema consegue medir durante quanto tempo uma pessoa olha para uma peça e quão perto é que a pessoa está da mesma. A agência governamental para a eficiência energética (ENEA) é a autora desta invenção.
Para funcionar, este sistema precisa de câmaras, que são colocadas junto das peças para detetar o número de observadores e o seu comportamento. Os dados recolhidos são depois utilizados para definir o "índice de atratividade", explicaram os investigadores responsáveis em conversa com a Bloomberg.
Para além deste propósito matemático, o sistema, que foi batizado com o nome de ShareArt, está também a ser utilizado para estimular o número de visitas aos museus e às galerias depois de um período de vários confinamentos que impactou negativamente o sector. Em última análise, as métricas podem depois ajudar à reorganização das exposições e ao ajuste da iluminação.
O sistema foi finalizado em 2016, mas só agora está a ser testado de forma mais intensiva.
Os investigadores sublinham que, graças aos dados já recolhidos, foi possível concluir que, em média, um visitante observa uma peça de arte durante um período de quatro a cinco segundos - poucas peças são capazes de captar a atenção durante mais de 15 segundos.
A ENEA adianta que quando os visitante puderem circular sem máscara, vai ser possível detetar as suas expressões faciais durante a observação das peças, o que lhe permitirá monitorizar e estudar as reações cognitivas que a arte provoca - sem, afirma a agência, violar a privacidade das pessoas.
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