A Nintendo Switch chegou hoje, dia 3 de março, às lojas de todo o mundo.

A nova consola da empresa nipónica é um sistema híbrido, que vai permitir jogar dentro e fora de casa e chega para suceder a uma máquina que, comercialmente falando, não deixará grandes memórias à Nintendo.

A importância deste lançamento não se resume, no entanto, a esta sucessão. A Switch é sobretudo uma aposta arrojada da Nintendo que funde aqui várias lógicas de jogo, controladores multifuncionais e assinala o regresso da empresa ao radar dos estúdios responsáveis por alguns dos jogos mais populares dos últimos anos.

Jorge Vieira, Public Relations Officer da Nintendo Portugal, considera que esta será uma consola única no momento que a indústria atravessa. "Ajusta-se aos horários e desejos dos utilizadores, permitindo-lhes desfrutar dos seus jogos favoritos quando, onde e como quiserem. Reunir amigos e familiares em frente da TV, partilhar o ecrã e a diversão em qualquer lugar, passando um comando à pessoa que está ao lado ou jogar títulos AAA no modo portátil, são experiências que estão reunidas da Switch [e que] nenhuma plataforma de videojogos consegue imitar", disse o responsável em entrevista ao TeK.

O regresso às linhas de operação dos jogos AAA é, na verdade, um dos maiores pontos estratégicos desta consola que, com isto, assume não querer deixar nenhum jogador para trás. Com uma oferta tradicionalmente mais limitada do que as concorrentes, a empresa japonesa espera voltar a aliciar gregos e troianos com o lançamento de jogos tão comuns noutras plataformas como é o FIFA ou o Skyrim. E neste caso, como diz Jorge Vieira, a "flexibilidade e conveniência proporcionadas pela Nintendo Switch" poderão até ser aproveitadas pelos estúdios para fornecer uma experiência de jogo muito diferente daquela que se obtém nos outros sistemas.

Por outro lado, e ao contrário das apostas das outras marcas, a Nintendo continua sem colocar o poderio gráfico no topo das suas prioridades. "Diferentes propostas para gostos distintos", responde Jorge Vieira. De acordo com o português, o maior trunfo da Switch é a sua versatilidade e é isso que deve ser destacado.

As características da Switch são, de facto, inovadoras. E uma breve análise à história das consolas da marca atestam o caminho que a empresa tem percorrido no sentido de se apresentar sempre fora da caixa onde habita a norma. O 3D na Nintendo 3DS, que era possível de utilizar sem óculos e os controladores sensíveis aos gestos são exemplos disso mesmo.

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Na Nintendo, diz o Public Relations Officer da representação portuguesa da marca, "não se trata de ponderar em que medida determinados produtos vão beneficiar ou prejudicar a empresa relativamente às concorrentes: o que interessa é encontrar novas soluções".

E as portáteis da Nintendo? Vão desaparecer? A resposta, simples e curta, é não. Jorge Vieira diz que as situações não estão interligadas e que "as vendas de software e hardware da Nintendo 3DS subiram um pouco por todo o mundo nos últimos meses de 2016, isto mesmo após a Switch ter sido revelada publicamente". Aquando do lançamento de um novo sistema portátil, "ambas podem ser bem-sucedidas, em simultâneo, no mercado de videojogos".

Os esforços estão agora reunidos sobre a Switch. A empresa não desvenda quais as expectativas que tem para as vendas da consola, mas adianta que os parceiros de retalho têm previsões positivas para as vendas que começam hoje.

O contexto português, mais especificamente, também augura bons ventos. "O mercado português é um mercado importante para a Nintendo, como comprova o facto de ser um dos países europeus em que a companhia possui uma filial instalada localmente. A aposta no mercado português tem dado bons frutos: a título de exemplo, no ano passado a Nintendo cimentou a sua liderança em Portugal no segmento das consolas portáteis, tendo registado um crescimento das suas vendas".

E a representação portuguesa da empresa parece confiante no sucesso da Switch. "Os primeiros anos da Nintendo em Portugal estabeleceram a marca como uma das principais referências na área de videojogos no nosso país, com produtos para pessoas de todas as idades e diferentes níveis de experiência com videojogos. As sementes desse trabalho estão a germinar e colocam a empresa numa boa posição no nosso país para dar a conhecer as suas novas apostas em diferentes áreas".

A consola, já nas prateleiras, está disponível desde esta sexta-feira com um preço que ronda os 330 euros. Os jogos, como é o caso do novo The Legend of Zelda: Breath of the Wild, rondam os 70 euros.

O TeK já teve a oportunidade de experimentar a consola no passado dia 7 de fevereiro. Leia as nossas primeiras impressões através deste link.