A Novell disponibilizou no fim da semana passado novos detalhes sobre o acordo assinado com a Microsoft no passado mês de Novembro. Os novos pormenores, que já se sabia seriam disponibilizados até final do mês de Maio, integram um relatório entregue ao regulador americano do mercado de capitais.



Recorde-se que o acordo entre as duas empresas tinha em vista a compatibilidade de software e a eliminação de direitos de propriedade intelectual por parte da Microsoft, de forma a garantir que as empresas que pretendam usar software das duas companhias não se sintam em risco de violar patentes reclamadas pela empresa de Bill Gates.



Nos termos deste acordo assinado entre as empresas, a Microsoft comprometia-se a canalizar vários milhões de dólares para licenciamento e marketing de produtos, sendo que o mais significativo é o investimento de 240 milhões de dólares na subscrição de certificados SuSe Linux Enterprise Server.



A Novell, por seu lado, submete-se ao pagamento à Microsoft de uma percentagem das receitas de produtos open source.



Os especialistas em open source prometem uma análise minuciosa à documentação, a fim de perceberem se o acordo coloca Microsoft ou Novell a violarem os termos da nova versão 3 da licença GNU Linux (GPL).



A afirmação recente por parte da Microsoft de que o Linux viola 235 das suas patentes fez também aumentar ainda mais a curiosidade sobre os termos do acordo, que à partida protege os utilizadores da Novell.



No primeiro trimestre deste ano a Microsoft acabou por tornar-se o principal parceiro de canal da Novell, permitindo um crescimento de 60 por cento para o SuSe, numa comparação ano a ano. Depois do acordo assinado entre as suas duas empresas também a Dell se juntou à parceria.



A Microsoft tinha intenções de alargar ainda mais o acordo mas boa parte das rivais open source permanecem reticentes relativamente a um acordo.



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