Não há qualquer data definida para serem conhecidos os vencedores do concurso que pretende seleccionar o fornecedor dos computadores portáteis que vão integrar o Programa e-escolinha este ano, mas João Mata, secretário de Estado da Educação, adiantou ao Diário Económico que se está a tentar que estes cheguem às escolas ainda este ano lectivo.

A análise das propostas dos cinco concorrentes está a decorrer, sem que se conheça qualquer data para o fim desta análise ou a divulgação de relatórios de avaliação. O concurso prevê a entrega de 250 mil equipamentos no espaço de três anos e conta com um valor total de 50 milhões de euros, mas vários fabricantes acabaram por desistir por considerar que a proposta financeira não era interessante .

João Trocado da Mata explica em entrevista ao Diário Económico que a adjudicação do concurso “depende da análise das propostas e dos esclarecimentos que concorrentes e júri necessitem pedir, do exercício de direitos dos concorrentes, do tempo que o Tribunal de Contas precise para visar o contrato”.

Apesar de tudo, o Ministério ainda tem esperança de que se consiga terminar o processo a tempo de entregar computadores aos alunos do primeiro ciclo ainda este ano lectivo. Provavelmente não a todos nem de forma homogénea, pode concluir-se com o conhecimento do que aconteceu no primeiro ano da iniciativa, onde os Magalhães foram sendo entregues de forma lenta e sem coordenação adequada em termos das escolas e das turmas, o que dificultou a sua utilização no âmbito da actividade pedagógica nas aulas.

O secretário de Estado fez ainda nesta entrevista um balanço do Plano Tecnológico da Educação, referindo que dos 400 milhões de euros previstos para o programa já estão comprometidos 370 milhões.

Entre os resultados mais visíveis do Plano Tecnológico está o facto de no próximo ano lectivo os alunos já poderem fazer a sua matrícula através da Internet, segundo garantiu João Mata.