Com base nas directrizes da União Europeia, que prevêem a recolha de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE), até ao dia 15 de Janeiro deverão ser reunidas e enviadas para reciclagem seis mil toneladas de dispositivos, entre os quais computadores e outros materiais dependentes de corrente eléctrica.



De acordo com o Diário de Notícias, o valor da recolha nacional não é o suficiente para cobrir as metas impostas por Bruxelas: quatro quilos de REEE por habitante todos os anos, o que, em Portugal, daria uma média de 40 mil toneladas anuais.




Os atrasos nacionais prendem-se essencialmente com a implementação da legislação para o nosso país, com a constituição das entidades de gestão do fluxo de resíduos e com a estruturação dos centros de recepção.




Uma das redes de recolha licenciada pelo Estado, a Amb3E, abrange já 75 por cento do mercado, tendo começado a funcionar há dois meses atrás. Actualmente conta com 40 centros de recolha abertos estando prevista a abertura de mais 20 até Fevereiro, afirmou Lamy Fontoura, director da entidade, ao mesmo jornal.




Para além da recepção de equipamentos, as redes de recolha devem assegurar-se que serão reciclados os dispositivos comercializados desde 1984. Para já é apenas pedido que os consumidores entreguem o equipamento velho em troca do novo. Esta acção pode ser efectuada em várias superfícies comerciais, de forma gratuita e, de acordo com Lamy Fontoura, deve ser uma exigência do cliente.




Em Portugal existem duas entidades responsáveis pelo tratamento dos equipamentos, designadamente, a Ambicare (Setúbal), que faz o tratamento das lâmpadas, e a Interecycling (Tondela), responsável pela reciclagem dos restantes equipamentos eléctricos. Mesmo assim, os dispositivos podem ser enviados para o estrangeiro.



As despesas de suporte a este sistema são assegurados por um Ecovalor, ou seja, uma taxa associada ao preço de venda do equipamento, pago na hora da compra. Na generalidade, todas as empresas que colocam produtos à venda no mercado estão associadas à Amb3E ou à ERP Portugal pagam um Ecovalor, as que não o fazem encontram-se em situação ilegal podendo vir a ser denunciados às autoridades fiscalizadoras.



Notícias Relacionadas:

2006-06-03 - Apple inicia programa de reciclagem de computadores