Os óculos de realidade aumentada do Facebook podem chegar já neste ano e, para a empresa liderada por Mark Zuckerberg, a inclusão de tecnologia de reconhecimento facial no equipamento não é a única possibilidade sob a mesa.

No futuro, a gigante tecnológica quer que os seus óculos de realidade aumentada sejam acompanhados por pulseiras que são capazes de registar os movimentos das mãos e dos dedos do utilizador e que dão feedback háptico.

Numa nova publicação no seu blog, a equipa do Facebook Reality Labs, o laboratório de investigação da empresa, detalha a sua visão para a próxima era de interações entre humanos e tecnologia, com uma enfâse no papel que os seus óculos de realidade aumentada representarão.

Os especialistas explicam que os óculos abrem a porta à criação de um novo paradigma, pois precisam de “ser capazes de fazer aquilo que o utilizador quer que seja feito” e de “dizer-lhe aquilo que quer saber”, “de modo semelhante ao funcionamento da própria mente humana”. O objetivo é que exista uma partilha ininterrupta de informação entre o utilizador e os óculos sem que estes o atrapalhem.

“Em suma, a interface de realidade aumentada vai requerer uma transformação completa de como os humanos e os computadores interagem”, sublinha o Facebook Reality Labs.

A equipa do laboratório de investigação do Facebook indica que os utilizadores dos óculos de realidade aumentada vão precisar uma “forma mais natural e menos obstrutiva” de controlar o dispositivo. Para os investigadores, as pulseiras que registam os inputs neuronais afirmam-se como uma aposta mais promissora, embora outras soluções, como luvas, possam estar na “calha”.

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Já no mundo da realidade virtual, Mark Zuckerberg deu a conhecer que, no futuro, os headsets da empresa serão capazes de capturar, analisar e traduzir as expressões faciais dos seus utilizadores em avatares digitais mais realistas.

"(…) Adorava chegar ao ponto em que temos avatares realistas de nós próprios, um ponto em que podemos manter contacto visual com alguém e exprimir sensações de forma expressiva e natural com o nosso avatar", afirmou o fundador e CEO do Facebook numa recente entrevista à imprensa internacional.