
Os nomes dos dois criadores são bem conhecidos do público, mas o trabalho que têm vindo a desenvolver nos últimos 20 anos já passou pelas mãos de milhões de jogadores.
Os japoneses, criadores dos videojogos de Pokémon, são um dos maiores atrativos da Comic Con Portugal 2016 e antes de darem autógrafos ao público, acercaram-se dos jornalistas para desvendar o que não se vê a olho nu nos novos Pokémon Sun & Moon.
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Uma das primeiras questões colocadas pela plateia chamou à atenção para o "elefante" que estava na sala.
Quem já teve a oportunidade de jogar notou a ausência de uma lógica de jogo que desde o início acompanhava os títulos de Pokémon. "Porque razão é que decidiram eliminar os ginásios?", perguntou-se. Depois de duas décadas de uma fórmula linear, onde o jogador era obrigado a conquistar ginásios de forma quase obsessiva, Ohmori revela que os 20 anos de Pokémon no universo dos videojogos foi o pretexto ideal para dar "uma nova fórmula ao jogo" e romper com o que, até agora, era considerado norma.
Os resultados práticos desta decisão já tiveram tempo para se fazer sentir. Em Portugal, Pokémon Sun & Moon vendeu mais de 10 mil unidades na semana de lançamento. Na Europa, este número chegou aos 1,5 milhões. Ambos os registos são recordes de vendas e estabelecem o melhor lançamento de sempre para um jogo da Nintendo.
Nem Ohmori nem Masuda estavam à espera deste feedback, mas assumem perceber o porquê. Embora não explique tudo, o fenómeno móvel chamado Pokémon Go, que foi lançado este ano pela Niantic, ajudou a abrir caminho para o sucesso comercial de novos jogos da franquia. As pessoas voltaram a envolver-se com o universo Pokémon, e os criadores sabem disso.
E se as novidades impeliram os jogadores a transitar do smartphone para a Nintendo DS, será que também os levarão a abraçar a Switch?
Os rumores dizem que há um jogo de Pokémon pronto a ser lançado para a nova consola da Nintendo assim que esta vir a luz do dia. Masuda não diz que sim, mas também não diz que não. "Vamos fazer muita pesquisa antes de decidirmos o que vamos criar para aquele sistema. Ainda não sabemos como articular o nosso produto com as novas formas de jogar da Switch", respondeu.
As portas nos escritórios da Game Freak não se fecham a nada. As perguntas colocadas pelos jornalistas poucas vezes receberam resposta negativa. Os japoneses não fecharam a porta à ideia de traduzir o jogo para português, não fecharam a porta à possibilidade de vermos novas Alola Forms em Pokémon Sun & Moon e não fecharam as portas à ideia de reformular, novamente, a forma como se joga este jogo.
Outrora pensado para o "colecionismo", como explicou Masuda, o desenvolvimento das plataformas de jogo e o amadurecimento do franchise obrigou a dupla a pensar de forma diferente.
Numa altura em que Pokémon não é o que era e os criadores prevêm que continue sem voltar a ser, os presentes também quiseram saber se há a hipótese de vermos uma versão dos primeiros jogos adaptada aos novos moldes que o franchise tomou nas consolas. Kanto, uma das primeiras regiões introduzidas pela série, não foi esquecida. Está presente e jogável na consola virtual dos novos Sun & Moon. Um novo remake é uma possibilidade, "mas nada está decidido". Se há uma certeza, diz Ohmori, é que podem continuar a esperar coisas diferentes.
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