Xiang Li, um cidadão chinês, já admitiu em Tribunal ser culpado de piratear, crackar e vender software da Microsoft, Oracle, Rockwell, Agilent e Siemens, avaliado em 100 milhões de euros, escreve hoje a agência Reuters.

O pirata tinha sido detido em 2011 nos Estados Unidos depois de ter sido atraído ao país numa ação sob disfarce do departamento de segurança interna, que culminou uma investigação da rede de pirataria gerida por Xiang Li.

Na altura o diretor do departamento de investigação congratulou-se com a operação, afirmando que Xiang Li se sentia protegido da aplicação da lei norte-americana mas que a sua prisão provava que não era suficiente esconder-se na China nem no anonimato do ciberespaço.

O software roubado e vendido por esta rede de pirataria suportada no site Crack99.com tem o valor estimado de 100 milhões de dólares e era usado nas áreas de defesa, aeronáutica e engenharia. A Microsoft, Oracle, Agilent e Siemens não foram as únicas vítimas deste roubo que terá afetado cerca de 200 fabricantes norte americanos.

A rede vendia depois o software a 325 retalhistas do mercado negro em 61 países - incluindo os Estados Unidos - , numa ação que se estendeu pelo menos entre 2008 e 2011, descreve o processo em tribunal.

O julgamento ainda a decorrer e são esperadas novas revelações nos próximos dias à medida que as audiências se prolongam.

Xiang Li é acusado de 46 crimes e enfrenta uma pena de 20 anos de prisão e multa de 500 mil dólares. A sentença deverá ser conhecida a 3 de maio.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico