O sistema, apelidado de Google das polícias, foi criado em 2009 mas a sua operacionalização tem vindo a ser adiada na sequência de várias dificuldades. Em 2013 entraria finalmente em funcionamento mas voltou a ser adiado para 2014. Nem assim os problemas foram resolvidos.



"Os problemas de acesso e a falta de capacidade de resposta da plataforma subsistiam, indica um relatório do conselho de fiscalização desta Plataforma Integrada de Informação Criminal, hoje citado pelo Diário de Notícias.



Entre as falhas apontadas no documento estão os problemas na indexação de informação procurada neste motor de busca inter-polícias que é deficiente e que não permite assegurar que todos os resultados devolvidos pelo sistema são efetivamente todas as entradas que existem sobre determinado suspeito ou tema.



O documento também sublinha a falta de formação e de meios técnicos para operar e avaliar a plataforma, o que é notório pelo número de utilizadores registados no sistema, apenas 89.



Outra consequência importante da deficiente operacionalidade da plataforma é a dificuldade em monitorizar o seu funcionamento e o controlo de possíveis acessos não autorizados, alerta o relatório.



Os dados do relatório mostram que a GNR foi dos organismos que mais usou a plataforma, com 3.219 pedidos de informação feitos. A Polícia Marítima surge na segunda posição, com 1.399 pedidos e o Ministério Público em seguida, com 556.



Sobre um conjunto alargado de outras entidades, onde se incluem a Polícia Judiciária, a PSP ou o SEF, não foi possível contabilizar o número de pedidos realizados por causa das dificuldades técnicas da plataforma.

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Nota de redação: Foi corrigida uma gralha no texto, na referência ao número de pedidos registados pela PM.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico