
O telefone toca e do outro lado está um alegado técnico da Microsoft. Diz, em inglês, que está a tentar resolver um problema no computador do utilizador: ou porque está infetado com um vírus ou porque o sistema operativo precisa de ser atualizado. Este técnico predispõe-se a ajudar na resolução do problema.
A situação está a acontecer a vários portugueses que têm apresentado queixa à Polícia Judiciária, que emitiu uma nota de alerta. Estes não são técnicos, são na realidade burlões que tentam roubar dados bancários dos utilizadores e tentam ganhar acesso às suas máquinas. A técnica de burla não é nova e já aconteceu noutras situações.
Pelo telefone o burlão tenta levar o utilizador à instalação de software malicioso e tenta também extorquir os dados de acesso aos serviços de banca online – apregoando a necessidade de haver um pagamento para ter acesso aos pacotes de assistência e ao software atualizado.
O alerta da PJ surge numa altura em que “ao longo dos últimos dias, têm ocorrido, de forma massiva e crescente”, tentativas de burla junto dos portugueses. “Com estes dados, os criminosos entram na posse de dados suficientes para concretizar transferências bancárias fraudulentas, em nome das vítimas, provocando danos que podem ascender a milhares de euros”, alerta a força de investigação.
A Microsoft Portugal já reagiu dizendo que "é alheia a este facto, mas sabendo que este tipo de abordagem representa uma clara tentativa de phishing – uma estratégia utilizada por hackers para roubar informações dos clientes".
"Precisamente por valorizarmos tanto a segurança das informações dos nossos clientes, o que obedece a protocolos e leis internacionais de proteção de dados, a Microsoft nunca entra em contacto com o cliente, sem que este o tenha solicitado, mediante a criação de um registo de atendimento", adiantou ainda a tecnológica.
Se receber uma chamada destas, o que fazer?
"Perante esta situação, a Microsoft aconselha todos aqueles que forem alvo desta tentativa de fraude, a não darem continuidade à chamada e não cederem quaisquer tipo de dados, bem como não executar qualquer comando ou instalar nenhum software no seu computador", adiantou também a subsidiária portuguesa na reação à nota de PJ.
Por sua vez a Polícia Judiciária aconselha os utilizadores a não darem qualquer resposta a situações do género, sobretudo as que são feitas em nome da Microsoft. Também não devem ser fornecidos os dados pessoais, nem deve ser permitida qualquer interação com os sistemas informáticos, sob pena de caírem numa rede de malware.
Nota de redação: Notícia atualizada com as declarações da Microsoft Portugal
Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico
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