A investigação da Polícia Judiciária foi realizada através da Diretoria do Norte e dá sequência a uma investigação de práticas identificadas em 2023,  que deu origem a uma operação policial, em julho de 2024. Agora a autoridade policial diz que terminou a investigação de burla por meio informático associada ao arrendamento de casas para férias, no âmbito de um inquérito titulado pelo DIAP Regional do Porto.

"Foram identificadas e ouvidas 143 vítimas, constituídos 20 arguidos, três dos quais em prisão preventiva, e identificadas 18 contas bancárias usadas pelos autores para receber os pagamentos", escreve a PJ em comunicado. Os prejuízos causados às vítimas ultrapassaram os 150 mil euros.

Segundo os dados, a atividade "passava pela criação de perfis falsos nas redes sociais e plataformas de vendas online, com vista a aliciar potenciais interessados em arrendamentos de casas para férias, localizadas em várias zonas do país".

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Os potenciais clientes eram persuadidos a fazer pagamentos, a título de reserva, para contas bancárias detidas por terceiros angariados para este efeito, num esquema de “Money Mules”, que eram posteriormente usadas pelos autores das burlas para receberem o dinheiro.

Em junho já tinham sido realizadas 23 buscas domiciliárias e detidas seis pessoas pela prática dos crimes de burla qualificada, falsidade informática, branqueamento e uso de documento de identificação ou de viagem alheio. A PJ indica que foram também detidas outras duas pessoas por posse de arma e munições proibidas.

As armadilhas online têm-se tornado cada vez mais especializadas, e os ataques de phishing estão a multiplicar-se. Ainda esta semana foi denunciado um esquema que usava cartazes de publicidade no Metro em Portugal.

Veja alguns dos esquemas mais recentes na galeria

A Polícia Judiciária tem feito vários alertas para este tipo de prática criminosa, recomendando que seja feita uma pesquisa e procura de "fontes credíveis de apresentação de anúncios, sejam jornais, revistas ou sites". Confirmar opiniões de pessoas de confiança, verificar o nome correto no domínio do site antes de fazer qualquer ação, fazem também parte das recomendações.

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Como noutros casos, a PJ lembra ainda que não devem ser facultados os dados pessoais sem um contacto prévio e uma formalização credível da oferta da empresa, não fazendo transferências de dinheiro para garantir reservas antes de verificar o alojamento.

Nota da Redação: A notícia foi atualizada com mais informação. Última atualização 12h15