Se a terra esconde muitas riquezas, as águas do planeta Terra também têm muitas matérias-primas por explorar. E é justamente nesta área que a União Europeia quer evoluir, estando a investir mais de 12 milhões de euros num projeto de robótica que vai permitir potenciar a exploração debaixo de água.

A iniciativa VAMOS, como é denominada, conta com a participação de três entidades portuguesas entre vários agentes europeus: INESC-TEC, Minerália e Empresas de Desenvolvimento Mineiro são os representantes nacionais neste projeto.

A exploração aquática de minas terrestres envolve mais tecnologia além do equipamento robótico propriamente dito - será necessário também criar plataformas de lançamento e recolha das missões de exploração.

[caption]Nome[/caption]

Representação de como serão as missões de exploração

Eduardo Silva, elemento do INESC-TEC que está ligado ao projeto europeu, explica em comunicado que o papel do instituto "vai consistir, por um lado, na melhoria da tecnologia de perceção, navegação, posicionamento e consciência espacial em ambientes subaquáticos, e por outro, na garantia de uma solução integrada para a monitorização, em tempo real, dos parâmetros associados a um impacto ambiental".

O desenvolvimento do programa VAMOS também terá em conta os impactos ambientais que as atividades exploratórias podem vir a ter - o uso de novas técnicas permitirá uma maior segurança e uma menor poluição.

Já a Minerália e a EDM vão ser responsáveis por "providenciar acesso a dois dos locais de teste em ambiente terrestre submerso em Portugal", explica o comunicado.

O projeto VAMOS arrancou ainda durante o mês de fevereiro ao abrigo do programa europeu Horizonte 2020 e vai ter a duração total de 42 meses - querendo isto dizer que só estará concluído na segunda metade de 2018.


Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico