O Estado português e o MIT (Massachusetts Institute of Technology) vão renovar por mais cindo anos a parceria que assegura a presença da instituição norte-americana em Portugal, que o ministro da tutela considerou vital para o desenvolvimento da investigação científica em território nacional.

"A relação com o MIT é considerada uma prioridade desde a primeira hora", afirmou Mariano Gago, citado pelo Diário Económico em declarações prestadas à margem da 2ª Conferência do MIT Portugal, que aconteceu hoje na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto.

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que classificou o programa como "uma viragem na história da investigação científica em Portugal", adiantou ainda que "as decisões sobre o novo programa - com novos objectivos e uma concentração de esforços nas áreas mais necessitadas - serão tomadas no próximo ano".

Também o porta-voz do MIT, Dan Roos, se disse interessado em prolongar o protocolo entre a instituição e a Fundação da Ciência e Tecnologia para além de 2011, data em que termina a validade do acordo actualmente em vigor.

As condições para a renovação do protocolo vão agora ser objecto de um trabalho conjunto, afirmou o responsável, realçando a rapidez com que os objectivos propostos para o programa (que eram organizacionais, de investigação, formação avançada e estratégia económica) foram atingidos nos primeiros quatro anos da iniciativa, algo que não era esperado.

Segundo disse o ministro aos jornalistas, o programa mudou a forma de trabalhas das universidades portuguesas, promovendo a colaboração entre departamentos de todas as universidades "como nunca tinha acontecido".

Também a relação entre as empresas e as instituições de ensino sofreu alterações, passando as organizações a encarar as universidades nacionais como um "destino normal para fazer colaboração científica e desenvolvimento de novos produtos".

Iniciado em 2006 e reformulado em Abril de 2009, o programa MIT Portugal envolve 385 alunos de 44 países, promovendo a investigação em áreas como a engenharia de células estaminais para medicina regenerativa, sistemas sustentáveis de energia e transportes, materiais e desenvolvimento de produtos e engenharia de concepção.