O regulador tomou a decisão depois de analisar várias queixas contra a empresa e encontrar fundamento nas acusações dos clientes que se diziam enganados pela companhia.



A Butterfly promoveu a venda de computadores para minerar bitcoins e na maior parte os casos não entregou os equipamentos ou, quando os entregou, serviram de pouco a quem os comprou porque já estavam desatualizados.



A empresa pedia cerca de 30 mil dólares por cada computador. Até final de setembro do ano passado tinha recebido 20 mil encomendas para a nova máquina, que apresentou como BitForce.



Em agosto de 2013 a Butterfly Labs apresentou um novo computador, concebido para o mesmo fim, o Monarch, que se propunha comercializar por 4,680 dólares. Foram detetadas várias falhas na comercialização dos dois produtos, que na maior parte dos casos não chegou aos clientes.



A Butterfly defende-se, garantindo que não é uma empresa fraudulenta e revelando alguns números. A empresa assegura que já faturou 33 milhões de dólares com a venda de produtos e assegurou 17 milhões de dólares em reembolsos, a clientes que decidiram suspender as suas encomendas.



Para "fabricar" bitcoins é necessária capacidade de computação e de programação. Mesmo assim, as oportunidades de ser bem-sucedido neste mercado são cada vez mais reduzidas devido à complexidade crescente do processo e às limitações.



Admite-se que possam ser criados 21 milhões de bitcoins. Já existem 13 milhões e uma competição que se tornou mais intense depois de alguns nomes de peso, como o eBay, terem anunciado que passariam a aceitar pagamentos com esta moeda virtual, algo que aliás já começou a fazer.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico