À medida que a popularidade da inteligência artificial continua a aumentar, crescem também as preocupações acerca dos seus perigos, incluindo alertas para o risco de extinção devido à tecnologia. No Reino Unido a possibilidade de banir sistemas de IA Geral, que podem entender ou aprender as mesmas tarefas intelectuais do que os humanos, pode estar sobre a mesa.
Em declarações à BBC, Marc Warner, membro do AI Council, o comité de especialistas independentes concebido para aconselhar o governo britânico nesta área, alerta para a eventual proibição destes sistemas no país.
De acordo com o responsável, que é também CEO da Faculty AI, os sistemas de IA Geral requerem um maior nível de transparência, além de requerimentos de regulação mais “apertados” e mais medidas para garantir a segurança. Marc Warner realça também que é necessária a tomada de “decisões sensatas” em relação a este assunto entre os próximos seis meses a um ano.
“Estes são algoritmos concebidos para serem tão ou mais inteligentes do que os humanos numa variedade de tarefas - essencialmente todas as tarefas”, detalha Marc Warner, alertando que a criação deste tipo de sistemas requer uma abordagem cuidadosa, com limites em relação ao seu poder de processamento. No entanto, como admite, a decisão de banir estes sistemas precisa de estar nas mãos dos governos, não das tecnológicas.
Há quem defenda que demasiada regulação possa fazer com que o Reino Unido se torne menos atrativo para investidores, “sufocando” o processo de inovação. Mas Marc Warner defende que o país pode encontrar vantagens ao encorajar uma abordagem mais cautelosa. “A minha aposta a longo prazo é de que, na verdade, para tirar partido da tecnologia, precisamos da segurança”, afirma.
Recorde-se que, ainda em maio, a Autoridade da Concorrência e Mercados britânica (CMA, na sigla em inglês) anunciou que avançou com uma revisão do mercado da IA no país, incluindo os modelos como o que está por trás ChatGPT da OpenAI.
No que respeita à regulação da IA, esta semana, a União Europeia e os Estados Unidos anunciaram um projeto de código de conduta comum que será aberto a todos os países democráticos, além de se aplicar voluntariamente a este sector tecnológico.
De acordo com Margrethe Vestager, vice-presidente executiva da Comissão Europeia responsável pela pasta “Uma Europa Preparada para a Era Digital” e para a Concorrência, o projeto será apresentado nas próximas semanas. Bruxelas espera, este ano, um acordo na União Europeia relativamente ao AI Act, embora admita que as novas regras só venham a entrar em vigor em 2025.
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