
A Synchron é uma das empresas que, tal como a Neuralink de Elon Musk ou a Precision Neuroscience, estão a desenvolver implantes cerebrais para ajudar pessoas com paralisia, ou outras condições, a recuperar capacidades perdidas.
Durante a conferência GTC 2025, a empresa mostrou a mais recente versão da sua interface cérebro-computador, combinada com a tecnologia Holoscan da Nvidia e com um Apple Vision Pro, dando a pessoas com condições que impactam a sua mobilidade a possibilidade de interagirem com o mundo à sua volta, seja ele físico ou digital, através da mente.
Num vídeo partilhado pela Synchron é possível ver como um paciente australiano chamado Rodney Gorham, que tem esclerose lateral amiotrófica (ELA), usa a tecnologia desenvolvida para controlar equipamentos em casa.
Veja o vídeo
Rodney Gorham foi uma das primeiras pessoas a receber um implante cerebral da Syncron e, em 2022, a tecnologia já lhe permitia controlar um iPhone ou iPad com a mente.
Com a nova versão da interface cérebro-computador, Rodney é capaz de usar o headset da Apple para interagir com os menus dos diferentes equipamentos que têm em casa, entre colunas, luzes inteligentes, aspiradores robot ou até o dispensador de comida para o seu cão.
Para a Syncron, a integração de tecnologias da Nvidia e Apple faz parte de um plano maior. “Estamos a construir um modelo cerebral fundacional usando técnicas generativas de pré-treino que aprendem diretamente de dados neurais para criar funcionalidades que melhoram a vida dos nossos utilizadores", afirma Tom Oxley, fundador e CEO da empresa em comunicado.
No seu roadmap para este modelo, chamado Chiral, a colaboração com a Nvidia assume relevo. Depois do primeiro passo com a plataforma Holoscan, o objetivo passa por usar outras soluções da tecnológica para integrar capacidades de reconhecimento de ambientes e, mais tarde, avançar na criação de uma IA cognitiva.
Recorde-se que o implante cerebral desenvolvido pela Synchron, chamado Stentrode, é colocado de maneira não invasiva, sem precisar de uma cirurgia, e é colocado por profissionais humanos, ao contrário da solução da Neuralink, cuja implantação é realizada por um robot.

O Stentrode é implantado no cérebro através de um cateter inserido numa das veias jugulares. Ao chegar ao cérebro, o implante é colocado numa zona próxima do córtex motor.
Segundo a empresa, o implante regista a atividade cerebral associada ao movimento, transmitindo-a depois para outro dispositivo implantado no peito do paciente que é ligado a um sistema computorizado.
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