Preocupado mas também mostrando alguma esperança em relação ao que as Tecnologias da Informação e da Comunicação podem trazer às escolas e a forma como estas podem preparar melhor os alunos para um futuro profissional, o ministro da Educação, David Justino, reforçou hoje, durante a apresentação de um estudo que decorreu esta manhã que os professores precisam de ter um papel mais activo em relação às TICs para se actualizarem e motivarem os alunos.



"Entendo que temos grandes desafios pela frente neste domínio [das Tecnologias da Informação] e não só quanto a termos mais ou menos computadores mas em relação ao que se faz com eles", explicou o ministro que considera que nos últimos anos foi feito um esforço enorme para dotar as escolas com instrumentos tecnológicos. Porém, ressalva, é preciso iniciar outro esforço, o de dar um salto qualitativo através da potenciação dos recursos humanos que utilizem estas tecnologias.



A propósito do estudo esta manhã apresentado publicamente num auditório do Ministério da Educação, com o tema "As Tecnologias da Informação e da Comunicação - utilização pelos professores" David Justino mostrou-se também esperançoso pelos números apresentados em relação à utilização de computadores pelos professores. "Existe um potencial elevado junto dos professores, o que tem é de se fazer um esforço para aumentar esse potencial", explica.



Defendendo que os professores "são intérpretes deste teatro que é a Sociedade do Conhecimento", o ministro reforça que tudo o que seja feito para a aumentar a formação dos professores é fundamental. Desta forma será possível potenciar os recursos humanos o que proporcionará o salto qualitativo em termos de educação.



David Justino explicou ainda que não defende apenas uma perspectiva transversal para a introdução das TICs na escola - com a utilização no âmbito das disciplinas - mas uma situação mista em que se conjuga com esta transversalidade uma disciplina obrigatória de TIC que faça parte do curriculo. "É preciso garantir um conjunto mínimo de competências TIC pela escola", evitando situações de analfabetismo digital e assegurando que os alunos estão mais preparados para a inserção no mercado de trabalho.

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