A quase totalidade dos hospitais portugueses (96%) dispõe de acesso à Internet em banda larga. Este ano, quase um terço (30%) tirou partido dessa infraestrutura tecnológica para praticar atividades de telemedicina, de acordo com dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística. A última vez que o INE apurou o indicador, em 2010, 21,1% dos hospitais recorriam à telemedicina.



Segundo a mesma informação, as práticas mais comuns são a teleradiologia, teleconsulta e a telecardiologia. A primeira é a que mais se destaca sendo usada em 75% dos hospitais. A teleconsulta já foi este ano usada em 36% dos hospitais e a telecardiologia em 32%.



Quem mais recorre à telemedicina são os hospitais públicos: em 45,1% esta prática é uma realidade, contra 13,1% no privado. Já uma análise ao volume de encomendas e compras realizadas pela Internet inverte a proporção e coloca os hospitais privados como lideres na utilização do comércio eletrónico para se abastecerem.

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Revela ainda o INE que o processo clinico eletrónico é já uma realidade em 77% dos hospitais e que os processos associados ao internamento estão informatizados em 90% dos casos, enquanto os processos ligados às consultas externas estão informatizados em 84% dos hospitais.



De sublinhar ainda que 92% dos hospitais garantem uma presença na Internet, embora apenas 2,9% permitam consultas online e só 23,3% aceitam a marcação de consultas via Internet. Já 44% destas instituições permitem o acesso externo dos funcionários ao seu sistema de informação e 26,6% disponibilizam acesso à Internet (Wi-Fi) aos doentes.



Os dados hoje divulgados constam da edição de 2012 do Inquérito à Utilização de Tecnologias da Informação e da Comunicação nos Hospitais

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Cristina A. Ferreira