O ano de 2011 não foi brilhante para o mercado de computadores pessoais em Portugal, nem para o de portáteis. Como era esperado a quebra de vendas ultrapassou os 10%, sofrendo o abalo do fim dos programas de educação, e os números da IDC e da GfK mostram reduções na área de consumo e nas vendas a empresas, uma tendência que não deixou de fora a Toshiba, que perdeu 30% em unidades vendidas mas conseguiu manter a primeira posição com uma quota de mercado de 20%.

Os números foram adiantados por João Amaral, diretor geral da Toshiba, em entrevista ao TeK, revelando que a empresa registou vendas de 155 mil computadores portáteis em 761 mil equipamentos vendidos em Portugal durante o ano de 2011, dados de sell out e sell in apurados a partir de indicadores das duas consultoras que realizam análises ao mercado português.

“Em 2011 fomos líderes de mercado em portáteis com 20% de market share, onde garantimos a primeira posição”, explica o responsável pela operação portuguesa, que assumiu também no ano passado a liderança da Toshiba em Espanha. O peso do mercado de portáteis revela-se também de forma significativa, já que olhando os computadores pessoais como um todo a Toshiba continua na segunda posição de vendas, logo a seguir à HP, mesmo sem comercializar desktops.

Os números consolidam a posição destacada da Toshiba Portugal na Europa, continuando a ser o país onde a marca mantém uma presença mais forte em quota de mercado e uma liderança consolidada.

Jorge Borges, diretor de marketing da Toshiba, admite que o fim dos projetos relacionados com a educação teve um peso significativo na quebra do número de unidades vendidas de computadores pessoais, mas outros fatores influenciaram também o mercado, nomeadamente a quebra do valor médio de venda dos portáteis, influenciada pela descida dos preços e por promoções muito agressivas, nomeadamente dos dias sem IVA.

Em 2012 as perspetivas não são ainda otimistas, e João Amaral confessa que não espera que o mercado recupere, continuando a perder em número de unidades vendidas e sofrendo a pressão da conjuntura económica e a tendência para protelar a compra que se sente no mercado português e espanhol, apesar de alguns países europeus já terem crescimento previsto para estes ano.

“No terceiro trimestre a expectativa é que as vendas vão começar a melhorar no mercado de eletrónica de consumo, impulsionadas também pelos eventos desportivos deste verão”, admite João Amaral. Os ultrabooks e os tablets serão drivers de mercado na área de computadores pessoais, assim como o Windows 8, o novo sistema operativo da Microsoft no qual a Toshiba está a apostar fortemente, mas que só deverá revelar efeitos positivos nas vendas já em 2013.

“Se contabilizarmos de forma agregada o mercado dos portáteis e dos tablets, retirando os equipamentos para a educação, conseguimos um equilíbrio positivo no mercado em 2011 e também em 2012”, estima João Amaral olhando para os valores globais de vendas de todas as marcas e estimando que o volume de tablets vendidos chegue aos 200 mil este ano.

À conquista da terceira posição nas TVs
Apesar da sua entrada relativamente recente no mercado de televisores a Toshiba já conquistou a quarta posição neste segmento, com uma quota de mercado de 5% que quer consolidar, mas está agora a disputar a terceira posição, tendo conseguido nas ultimas semanas o terceiro lugar de vendas.

Em 2011 a empresa colocou no mercado mais de 37,4 mil aparelhos de televisão, mantendo a prioridade na diferenciação tecnológica e na sustentabilidade, através de tecnologia LED e 3D sem óculos.

A estimativa da empresa é que o primeiro semestre seja mais forte em vendas, fruto da transição para a TDT e dos eventos desportivos do verão, mas que se registe uma quebra no segundo semestre.

Escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico

Fátima Caçador